Aveirense Oli vai renovar patrocínio no Moto GP para os próximos dois anos

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A empresa de autoclismos com sede em Aveiro já negoceia a renovação do patrocínio à equipa Gresini Racing, de acordo com revelação do administrador ao JE. Além disso, a Oli reforçou a sua presença em França com um investimento de 6,5 milhões de euros num mercado que vale 8% das suas vendas globais.

A Oli, empresa de cariz industrial sediada em Aveiro, especialista na produção de autoclismos, vai manter o patrocínio à equipa Gresini Racing para os próximos dois anos, revelou António Ricardo Oliveira, administrador da Oli, em declarações ao JE.

Esta “viagem” da empresa aveirense pelo mais importante campeonato de motociclismo do mundo iniciou-se em janeiro de 2024 e, em 2022, António Ricardo Oliveira chegou a revelar ao JE que a experiência estava a corresponder de tal forma que a Oli já teria abordagens de outras equipas para ter uma presença mais forte no MotoGP: “Penso que a Gresini terá propostas mais fortes para estar na carnagem das motos mas o contrário também é verdade”, destacava o administrador da empresa que fez 70 anos de vida em 2024.

“Estamos a alargar essa presença a outros desportos motorizados mas em relação ao MotoGP estamos agora a negociar o contrato para o próximo biénio 2025/26”, revelou António Ricardo Oliveira ao JE. “Vamos manter o MotoGP como principal aposta para a visibilidade da marca numa perspetiva global. Iremos manter o patrocínio à mesma equipa. Estamos satisfeitos, a equipa também e das conversas que tivemos não se preveem alterações ao nível dos valores e das contrapartidas. Em setembro teremos uma decisão sobre isso”.

Reforço da presença em França

A Oli deu também a conhecer recentemente o investimento de 6,5 milhões de euros que vai assegurar e reforçar a presença da empresa portuguesa no mercado francês. A Oli adquiriu a sociedade gaulesa Regiplast, uma aposta justificada pelo facto de o país ser responsável por 8% das vendas globais da empresa.

“Há duas razões que nos levaram a tomar esta decisão”, começa por explicar o administrador da Oli ao JE: “A primeira foi uma questão de oportunidade porque a empresa estava num impasse ao nível da sucessão (já que o fundador transmitiu a empresa à filha mas esta tinha intenção de deixar a atividade) e a Oli como principal fornecedor tinha que salvaguardar o seu interesse e manter este cliente que é estratégico; além disso, considerámos que esta seria um excelente oportunidade de negócio. Já contamos com uma presença interessante na Europa, com filiais em Espanha e Itália e para fechar este eixo precisávamos do mercado francês”.

António Ricardo Oliveira detalha que a operação demorou cerca de dois anos: “O primeiro passo foi dado em março/abril de 2022 e arrastou-se até agora porque houve a negociação do preço, quisemos perceber a atividade da empresa no mercado e os ativos que a constituem. Por fim, toda a fase de due diligence que tivemos de percorrer”, explicou ao JE.

A Regiplast, sediada em Périgueux, é reconhecida por comercializar e fornecer várias marcas de referência a distribuidores, entre as quais a Olinque representa desde 1993.

Sobre futuros investimentos, o administrador destacou que a Oli está a encarar a internacionalização de duas formas: “Queremos consolidar a nossa rede de distribuição na Europa com a criação de filiais comerciais que nos permita olhar para o mercado com outra proximidade e capilaridade e ganhar uma posição relevante. Paralelamente e fora da Europa, estamos a explorar outras oportunidades não apenas comerciais mas também produtivas na ótica de sermos mais competitivos noutras geografias, seja pelo serviço ou pelo preço, algo que muitas vezes não conseguimos ultrapassar a partir de Portugal”.

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