Balcãs Ocidentais: última chamada para a Sérvia

10 meses atrás 115

Eleições antecipadas decorrem no próximo domingo e vão ser determinantes para a União Europeia perceber se o país está ou não decidido a fazer o que tem de fazer para constar do alargamento à região.

No próximo domingo, 17 de dezembro, os sérvios vão às urnas, em eleições locais e parlamentares que servirão como um referendo sobre o governo do presidente Aleksandar Vucic, desafiado por acontecimentos de grande violência social e respetivos protestos, pelo aumento da tensão com o Kosovo e pelos equívocos que persistem em termos da determinação governamental em aceitar o ‘caderno de encargos’ para entrar na União Europeia.

Apenas 18 meses depois de ser reeleito presidente, o líder de longa data da Sérvia, tenta, segundo os analistas, apertar o seu controlo sobre o poder – um risco, supõe-se que calculado, face à sucessão de crises que marcaram este ano e meio. Vucic não estará diretamente no jogo eleitoral, mas a sua figura está a servir de catalisador para apelar à participação dos sérvios e todos eles sabem que o que está subjacente é um pedido (pouco encapotado) para que a formação do próximo governo seja atribuída ao Partido Progressista Sérvio, a formação de onde Vucic é originário.

O presidente, de 53 anos, cultivou cuidadosamente a imagem de um líder incansável, dedicado ao investimento e à criação de emprego e o caráter marcadamente presidencialista do regime fica bem evidente quando é difícil encontrar quem saiba no nome do primeiro-ministro (é uma primeira-ministra, Ana Brnabic) – uma vez que é Vucic a liderar todos os processos que têm a ver com política externa.

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