Banca europeia cai em bolsa com alívio dos juros à vista. BCP arrasta PSI para o ‘vermelho’

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A banca europeia fechou a sessão de sexta-feira com fortes perdas e em Portugal o BCP caiu 3%, com os investidores a anteciparem uma descida dos juros mais cedo do que o inicialmente esperado, o que terá impacto na margem financeira dos bancos.

A banca europeia sofreu perdas acentuadas na sessão da passada sexta-feira, com os investidores a anteciparem a possibilidade de uma descida das taxas de juro mais cedo do que o até agora esperado. Em Lisboa, o BCP acompanhou os pares europeus e os seus títulos recuaram mais de 3%, arrastando o índice PSI para uma queda de 1,21%.

O banco de Miguel Maya desvalorizou 3,27% até aos 0,2808 euros por título. Num dia fortemente negativo, seguiram-se, noutros sectores de atividade, a Jerónimo Martins, ao derrapar 1,88%, para 23,00 euros, ao mesmo tempo que a Galp resvalou 1,45% e ficou-se pelos 13,28 euros. O ‘vermelho’ dominou a sessão e a subida mais forte foi de apenas 0,30%, sendo protagonizada pela Semapa, cujas ações alcançaram 13,24 euros.

Entre as congéneres europeias, porém, o dia foi bastante distinto, sem sentimento definido. Assinalaram-se perdas do Reino Unido, na ordem de 0,98%, empurrado para baixo pelas perdas de bancos como o Barclays e o Lloyds Banking, a título de exemplo. Também em Espanha o dia foi de derrapagem, nos 0,75%, com destaque para os tombos de Santander, Banco de Sabadell, Caixabank ou BBVA, se analisadas as mexidas registadas ao nível do sector bancário.

A Alemanha, terminou com ganhos quase nulos, que não chegam a 0,01%. Simultaneamente, França deu um salto de 0,28% e o índice agregado Euro Stoxx 50 ganhou 0,23%, enquanto Itália se ficou pelos 0,12%.

Na origem dos recuos dos bancos parecem estar receios relacionados com a estabilização das taxas de juro de referência, à semelhança dos indícios de que, para o próximo ano, estão na agenda cortes àquele nível. De resto a Fed sinalizou precisamente a intenção de efetuar reduções, depois de uma política de subidas agressivas que durou mais de um ano. Este cenário terá impacto nas margens financeiras dos bancos, que no último ano tiveram lucros fortíssimos devido à escalada das taxas de juro.

A inflação será determinante para a política monetária e os holofotes dos investidores estarão agora apontados aos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na zona euro. Os dados referentes ao mês de novembro vão ser divulgados na terça-feira, pelo Eurostat.

No dia seguinte, quarta-feira, o Reino Unido vai dar a conhecer o mesmo indicador no que diz respeito à economia britânica. Um dia depois, quinta-feira, novos dados de grande importância, com os Estados Unidos a darem a conhecer o desempenho da sua economia no terceiro trimestre, através da divulgação do PIB naquele período.

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