Banco de Fomento encerra linha do FIS Capital que investiu em 15 empresas

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O Banco Português de Fomento anunciou em comunicado o encerramento da Linha FIS Capital com contratação de última operação de co-investimento na startup do setor da biotecnologia, a Nprotein, no valor de 667 mil euros.

O Banco Português de Fomento (BPF) anunciou em comunicado o encerramento da Linha FIS Capital com contratação de última operação de coinvestimento na startup Nprotein, no valor de 667 mil euros.

“No encerramento do programa FIS Capital, destaca-se uma última operação de investimento contratada na Nprotein, uma startup emergente no sector da biotecnologia, através de um investimento de cerca de 466,7 mil euros do FIS Capital”, detalha o BPF, que explica que este investimento integra uma ronda de financiamento pré-seed que ascendeu a aproximadamente 666,7 mil euros, através da participação do coinvestidor Miraclefactor, que investiu 200 mil euros.

Esta ronda de investimento irá permitir à Nprotein reforçar a sua estrutura de capital, financiar a sua equipa de investigação e desenvolver tecnologias patenteadas.

“O Banco Português de Fomento (BPF), entidade responsável pela gestão do Fundo para a Inovação Social (FIS), um fundo de investimento público criado sob a iniciativa Portugal Inovação Social, anuncia o encerramento da Linha FIS Capital, em 31 de dezembro de 2023″, lê-se no comunicado.

“Destinado a impulsionar e apoiar micro, pequenas e médias empresas (PME) com projetos inovadores, sustentáveis e impactantes na resposta a problemas sociais, em coinvestimento com investidores privados, o FIS Capital apoiou 15 empresas inovadoras, com um investimento total, público e privado, de cerca de 20 milhões de euros em projetos de inovação social”, revela o banco promocional que acrescenta que do total investido, aproximadamente 10,6 milhões de euros provêm de verbas europeias (Fundo Social Europeu) e nacionais (asseguradas pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social).

As 15 empresas beneficiadas incluem a Actif, a Agroop, a BitCliq, a Brothers in Arms (Diverge), a Color Add, a Criamknowledge, a Glooma, a IHCare – Innovation Hospital Care, a IKITechnologies (myEyes), a Knok Healthcare, a LoopCircular, a Nprotein, a Nutrium, a Sioslife, e a We Changers.

No seu conjunto, estas empresas “refletem a diversidade de sectores e o potencial de impacto dos projetos financiados, abrangendo várias regiões de Portugal e contextos sociais e económicos diversos”, refere o banco.

Estas são fundamentalmente empresas nas fases iniciais de atividade (pré-seed, seed, startup) localizadas nas regiões centro (Santarém, Torres Vedras, Coimbra) e norte (Porto, Braga, Matosinhos), refletindo o foco do investimento do FIS Capital em Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social nas regiões do Norte, Centro e Alentejo.

O BPF avança que os projetos apoiados foram obrigatoriamente reconhecidos numa fase inicial pela Estrutura de Missão Portugal Inovação Social (EMPIS) como “Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES) por apresentarem um forte potencial de inovação na resposta a necessidades societais não satisfeitas, bem como pelo alinhamento com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas”.

Só os projetos que receberam o reconhecimento da EMPIS se qualificaram como potencialmente elegíveis, avançando para a fase de análise de operação para efeitos de investimento através do FIS, após assegurarem investimento de coinvestidor(es) privado(s), explica a instituição.

“As decisões de investimento do FIS Capital, da responsabilidade do seu Comité de Investimento, basearam-se em critérios exigentes e abrangentes previamente avaliados pelo Banco Português de Fomento. Este processo envolveu uma avaliação detalhada das candidaturas, analisando para além do projeto, aspetos como a experiência e o historial dos coinvestidores, a relevância dos projetos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, o envolvimento de investimento privado, a criação de emprego e a colaboração com parceiros locais e regionais, incluindo entidades de economia social, empresas, incubadoras, aceleradoras e outros investidores”, revela o Banco de Fomento.

O banco acrescenta ainda que as candidaturas aprovadas pelo Comité de Investimento do FIS “demonstraram mérito positivo tanto na perspetiva dos coinvestidores como dos beneficiários finais, assegurando um investimento alinhado com os valores, objetivos e áreas de atuação do FIS Capital, como a promoção de emprego, formação e educação, a inclusão social, financeira e digital, a promoção do envelhecimento ativo e a promoção da saúde e bem-estar”.

Com o encerramento do período de candidaturas ao FIS Capital em 31 de dezembro de 2023, Ana Carvalho, CEO do BPF destaca em comunicado que “o FIS Capital foi uma ferramenta importante para alavancar o ecossistema, fomentando Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social numa comunidade de empreendedores e de investidores de impacto em Portugal que contribuem para uma economia mais inovadora, socialmente responsável e inclusiva”.

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