Banco de Inglaterra sinaliza cortes para breve apesar de manter juros inalterados em maio

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O banco central cortou nas projeções de inflação para este ano, dando sinais de que os cortes de juros estarão para breve. Ainda assim, a reunião desta quinta-feira terminou sem alterações nas taxas diretoras, que se mantêm assim em 5,25%.

O Banco de Inglaterra (BoE) manteve esta quinta-feira os juros diretores inalterados, em linha com o projetado pelo mercado, mas deixando no ar a probabilidade de cortes em breve. O banco central vê o indicador de inflação em rota para volver ao objetivo de 2% nos próximos meses, sinalizando que a normalização da política monetária deverá estar para breve.

O BoE manteve os juros diretores em 5,25% pela sexta reunião consecutiva, níveis que constituem máximos desde 2008, mas mostrou-se confiante que “as coisas estão a evoluir na direção certa” no que respeita à luta contra a inflação elevada. A decisão era já largamente esperada pelos analistas e pelo mercado.

A votação revela dois dos nove membros do BoE a favorecerem cortes no imediato, uma subida em relação às reuniões anteriores, quando apenas um dos membros votou numa descida de juros. Pelo contrário, nenhum dos nove responsáveis do BoE optou por nova subida das taxas diretoras.

Na mesma linha, os comentários do governador Andrew Bailey sobre o retorno da inflação ao objetivo de 2% nos próximos meses foram vistos como um sinal claro de que o banco central se prepara para cortar taxas em breve. Os mercados apontam atualmente para o verão como o arranque da normalização da política monetária, mais concretamente para junho.

A reunião do BoE desta quinta-feira serviu ainda para atualizar as projeções macro do banco, que aponta agora a uma inflação mais baixa – outro indício de que as descidas de juros estão no horizonte. A expectativa para o indicador de preços é agora que este suba ligeiramente na segunda metade do ano, mas apenas até 2,5%, ou seja, abaixo dos 2,75% projetados em fevereiro.

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