BCE defende euro digital para competir com pagamentos online dos Estados Unidos e da China

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Economia

23 set, 2024 - 19:07 • Sandra Afonso com agências

Ouvido pelos eurodeputados, Piero Cipollone, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu, alertou para a “dependência da Europa de intervenientes estrangeiros para os pagamentos de retalho”.

Com o euro digital, a União Europeia pode passar da “dependência à autonomia”, e competir com serviços de pagamento como o PayPal, a Apple Pay ou o Alipay da China.

Há cada vez mais consumidores na internet e quem não paga com cartão internacional, como o Visa ou Martercard, tem de recorrer a carteiras digitais nos telemóveis, que nos tornam “dependentes de empresas não europeias, o que é arriscado”. As declarações são de Piero Cipollone, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu, que, ouvido esta segunda-feira pelos eurodeputados, alertou para a “dependência da Europa de intervenientes estrangeiros para os pagamentos de retalho”.

Até 2027, as plataformas tecnológicas de pagamentos a retalho, sobretudo dos Estados Unidos e da China, deverão ser responsáveis por 40% do comércio eletrónico e 27% dos pagamentos em loja na Europa.

“Este verão, a compra de bilhetes para o Campeonato Europeu de Futebol na Alemanha só foi possível com meios de pagamento chineses ou americanos”, acrescenta Piero Cipollone.

O projeto-piloto do euro digital arrancou em 2021. O BCE está ainda a desenvolver metodologia e limitações, a criar um manual e a finalizar os aspetos técnicos.

“No final de 2025, o Conselho do BCE decidirá se passa à fase seguinte do projeto”. Cabe ao Parlamento e ao Conselho Europeu preparar a legislação.

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