BCP emite 400 milhões em dívida AT1 com juro de 8,125%

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O banco fez uma nova emissão de Additional Tier 1, no montante de 400 milhões de euros, com opção de reembolso antecipado pelo Millennium BCP  a partir do final do 5.º ano e com uma taxa de juro de 8,125% ao ano durante os primeiros 5,5 anos, que será refixada a partir dessa data de 5 em 5 anos.

O BCP anunciou as condições em que emitiu títulos representativos de fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1) em comunicado.

O banco fez uma nova emissão de Additional Tier 1, no montante de 400 milhões de euros, com opção de reembolso antecipado pelo Millennium BCP  a partir do final do 5.º ano e com uma taxa de juro de 8,125% ao ano durante os primeiros 5,5 anos, que será refixada a partir dessa data de 5 em 5 anos, com referência à taxa mid-swaps de 5 anos então prevalecente acrescida de um spread de 5,78%.

“A operação, que gerou um forte interesse do mercado, seguiu-se a um conjunto de reuniões ontem realizadas envolvendo mais de 60 investidores. A procura, nos termos finais da emissão, atingiu um montante superior a 3.000 milhões de euros (mais de sete vezes o montante emitido), com ordens provenientes de mais de 250 investidores institucionais”, revela o banco.

Em comunicado publicado no site da CMVM o banco liderado por Miguel Maya revelou esta semana que mandatou o Barclays Bank, o BNP Paribas, o BofA Securities, o Deutsche Bank e o Millennium bcp, para organizarem um conjunto de reuniões com investidores qualificados a terem lugar a 10 de janeiro.

No início do ano o BCP anunciou a decisão de reembolso antecipado do instrumento de Additional Tier 1 (AT1) atualmente em curso no montante de 400 milhões de euros e que tinham sido emitidos em janeiro de 2019.

O banco decidiu exercer a sua opção de reembolsar antecipadamente a totalidade da emissão de fundos próprios adicionais de nível 1 de elevada subordinação e pela qual pagava um juro de 9,25%. O banco liderado por Miguel Maya “recebeu autorização do BCE para reduzir fundos próprios, através do exercício da opção de reembolso antecipado da emissão de Additional Tier 1″.

Este é o regresso do BCP ao mercado global de dívida de alto risco de bancos, que foi abalado pelo colapso do Credit Suisse, no contexto da aquisição pelo UBS, quando os detentores de obrigações AT1 viram 16 mil milhões de francos suíços reduzidos a zero, pelo facto de as autoridades suíças terem invertido a hierarquia dos instrumentos que respondem pelas perdas de capital de um banco, o que levou mesmo o Banco Central Europeu (BCE) e Autoridade Bancária Europeia a afirmarem que na Zona Euro as regras não são estas.

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