BCP mandata bancos de investimento para potencial emissão de dívida AT1

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O banco liderado por Miguel Maya revela que mandatou o Barclays Bank, o BNP Paribas, o BofA Securities, o Deutsche Bank e o Millennium bcp, para organizarem um conjunto de reuniões com investidores qualificados a terem lugar a 10 de janeiro.

O BCP anunciou ao mercado uma potencial emissão de títulos de dívida subordinados perpétuos, mas não avança com o montante.

O banco quer fazer uma emissão de dívida Additional Tier 1, ou também chamadas, CoCo (obrigações contingentes convertíveis) que têm como trigger de conversão a descida do rácio de capital abaixo de determinado valor, neste caso se o CET1 do BCP ficar abaixo de 5,125%.

Em comunicado publicado no site da CMVM o banco liderado por Miguel Maya revela que mandatou o Barclays Bank, o BNP Paribas, o BofA Securities, o Deutsche Bank e o Millennium bcp, para organizarem um conjunto de reuniões com investidores qualificados a terem lugar a 10 de janeiro.

“Dependendo das condições de mercado, o banco poderá decidir realizar em seguida uma emissão de títulos representativos de fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1), denominada em euros, a taxa fixa, com possibilidade de reembolso antecipado por parte do BCP a partir do final do 5.º ano e com um mecanismo de redução temporária do respetivo valor nominal em caso de verificação de um nível de fundos próprios principais de nível 1 (CET1), em base individual ou consolidada, abaixo de 5,125%”, lê-se no comunicado.

Este comunicado surge depois de no início do ano o BCP ter anunciado a decisão de reembolso antecipado do instrumento de Additional Tier 1 (AT1) atualmente em curso no montante de 400 milhões de euros e que tinham sido emitidos em janeiro de 2019.

O banco decidiu exercer a sua opção de reembolsar antecipadamente a totalidade da emissão de fundos próprios adicionais de nível 1 de elevada subordinação e pela qual paga um juro de 9,25%. Uma decisão que decorre da autorização do Banco Central Europeu dada no mês de novembro, altura em que o banco liderado por Miguel Maya “recebeu autorização do BCE para reduzir fundos próprios, através do exercício da opção de reembolso antecipado da emissão de Additional Tier 1  em curso“.

É também o regresso do BCP ao mercado global de dívida de alto risco de bancos, que foi abalado pelo colapso do Credit Suisse, no contexto da aquisição pelo UBS, quando os detentores de obrigações AT1 viram 16 mil milhões de francos suíços reduzidos a zero, pelo facto de as autoridades suíças terem invertido a hierarquia dos instrumentos que respondem pelas perdas de capital de um banco, o que levou mesmo o Banco Central Europeu (BCE) e Autoridade Bancária Europeia a afirmarem que na Zona Euro as regras não são estas.

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