BCP triplica ganhos do sector europeu com olhos postos nos dividendos

1 mes atrás 61

As ações do banco liderado por Miguel Maya estão a subir mais de 45% desde o início do ano, o que compara com a valorização de 15% do sector bancário europeu. Um desempenho justificado pela melhoria da rentabilidade, mas também pela possibilidade de a instituição financeira vir a aumentar os dividendos que paga aos acionistas.

As ações do BCP têm subido fortemente desde o início do ano, à boleia da subida da margem financeira num contexto de juros elevados, da melhoria da rentabilidade nas operações em Portugal e na Polónia, mas especialmente da perspetiva em torno dos dividendos. Esta valorização coloca mesmo o desempenho dos títulos do banco liderado por Miguel Maya três vezes acima daquele alcançado pelo sector bancário europeu nos últimos sete meses. Uma tendência que, segundo os analistas ouvidos pelo Jornal Económico (JE), deve manter-se ou mesmo acentuar-se.

Os títulos do BCP fecharam a sessão desta quinta-feira nos 39,9 cêntimos, o que traduz uma subida de mais de 45% desde o início do ano, quando o valor se fixou nos 27,4 cêntimos, e fica muito perto dos 40 cêntimos, marca que foi superada esta semana, o que não acontecia há oito anos. Nos primeiros seis meses, o aumento foi de 22%, mas esta valorização ganhou tração depois disso, com as ações a subirem outros 18% apenas desde junho.

“A valorização do BCP tem como base uma melhoria muito substancial na rentabilidade das operações em Portugal e na Polónia, onde o efeito da incerteza da litigância dos financiamentos em francos suíços parece ultrapassada”, refere ao JE Pedro Lino, CEO da Optimize Investment Partners, apontando ainda para o “aumento das comissões e da margem bancária com a subida dos juros e o controlo dos custos impulsionou o resultado”.

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