BE defende "estrutura de missão" para regularização célere de imigrantes

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"Só há uma resposta possível que é regularizar com o máximo de celeridade todos os processos pendentes, e para isso é preciso que a AIMA possa funcionar de uma forma mais célere e mais competente. Nós sabemos que houve um problema na sua formação, sabemos que os trabalhadores estão extenuados, sofrem com a desorganização da própria organização e é por isso que propomos uma estrutura de missão para que seja possível regularizar todos os processos pendentes", advogou Mariana Mortágua.

A líder do BE comentava a notícia do jornal Expresso de que cerca de 100 trabalhadores da Agência para as Integrações, Migrações e Asilo (AIMA) terão pedido para sair da agência, à margem de uma ação de campanha para as eleições europeias no Mercado do Bolhão, no Porto, ladeada pela cabeça de lista, Catarina Martins.

Mortágua rejeitou que a suspensão de autorizações de residência para imigrantes seja uma solução, sustentando que existem imigrantes a chegar a Portugal "porque há trabalho" e setores que precisam destes cidadãos, desde a agricultura ao turismo.

"Se suspendemos autorizações de residência isso quer dizer que vai haver mais imigrantes indocumentados, ou seja, mais imigrantes irregulares, porque eles vão continuar a chegar", sustentou.

A mesma solução foi defendida por Catarina Martins, que lembrou que este problema "não é novo" uma vez que quando o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foi extinto "já tinha 370 mil processos pendentes".

Ao nível europeu, e no dia em que se soube que a taxa de inflação na zona euro subiu para 2,6% em maio, a candidata bloquista referiu na necessidade de o Banco Central Europeu (BCE) baixar as taxas de juro e com isso as prestações das casas.

"O BE tem vindo a lutar para que através da Caixa Geral de Depósitos seja possível baixar as taxas de juro, com isso baixar as prestações, há muitas pessoas ainda a pagar o dobro da prestação que pagavam, não conseguem com os preços a continuar a subir", alertou.

Na ótica da bloquista, que lembrou que "a banca está a ter um volume de lucros imenso", as normas europeias permitem a baixa das taxas de juro através do banco público.

De visita a algumas bancas do Mercado do Bolhão, Catarina Martins regressou ao Porto, onde nasceu, distribuiu panfletos e foi recebida por algumas vendedoras com palavras de apoio e desejos de ter "uma mulher do Norte" no Parlamento Europeu.

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