BEI apoia projeto de 380 milhões da Mota-Engil para construção do Hospital de Lisboa Oriental

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O custo do projeto está estimado em cerca de 380 milhões de euros e a sua construção está prevista começar no início deste ano. A contribuição do BEI poderá ascender a um máximo de 190 milhões de euros, num empréstimo a longo prazo.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a sociedade liderada pela Mota-Engil assinaram um acordo para um empréstimo ao financiamento do Hospital de Lisboa Oriental no valor de 107 milhões de euros.

O custo do projeto está estimado em cerca de 380 milhões de euros e a sua construção está prevista começar no início deste ano.

A contribuição do BEI poderá ascender a um máximo de 190 milhões de euros, num empréstimo a longo prazo.

O projeto do novo hospital foi desenvolvido por um consórcio selecionado no âmbito de uma parceria público-privada (PPP) que é composto maioritariamente por empresas do Grupo Mota-Engil e conta com 875 camas de internamento. Ficará situado em Marvila, na zona oriental de Lisboa, substituindo as atuais instalações de cuidados de saúde localizadas no centro da cidade da capital portuguesa.

“Este projeto vai proporcionar o acesso a modernos serviços de saúde e uma melhor distribuição de camas pela cidade. O apoio à construção do novo hospital possibilita assim o reforço da qualidade na prestação de cuidados de saúde, bem como das condições de ensino e investigação científica de alta qualidade, ao mesmo tempo que contribui a utilização eficiente de recursos”, lê-se no comunicado.

“O novo local é facilmente acessível a partir das zonas suburbanas de Lisboa em constante crescimento, também através de transportes públicos. A construção do hospital complementa ainda os planos de reabilitação da zona da cidade próxima do antigo porto, que se encontra atualmente relativamente degradada”, avança a nota.

O investimento de 380 milhões de euros “reflete o objetivo geral das reformas dos cuidados de saúde e dos planos estratégicos levados a cabo no país nas últimas duas décadas, com vista a reduzir os custos e a aumentar a eficiência do sistema de saúde.”

“Através da melhoria e do reforço da prestação de serviços públicos de acesso universal, o projeto abordará também as desigualdades no domínio da saúde, um dos principais desafios de Portugal neste sector”, segundo o BEI que acrescenta que o projeto contribui ainda para “aumentar a resiliência do sector da saúde e a preparação para emergências de saúde e pandemias, através da criação de infraestruturas hospitalares funcionais, flexíveis, modernas e ricas em tecnologia”.

“O BEI financia assim uma infraestrutura muito necessária à cidade de Lisboa, permitindo a melhoria dos serviços de saúde por meio de uma infraestrutura moderna e oportuna”’ afirmou Alessandro Izzo, Head of Equity, Growth Capital and Project Finance do BEI.

“Ficamos contentes por possibilitar este financiamento em condições favoráveis, bem como por atrair outros financiadores, que de outra forma seriam desencorajados pelo longo prazo do empréstimo, especialmente num contexto caracterizado por taxas de juro em alta e por uma elevada volatilidade”, acrescenta Izzo.

O Banco Europeu de Investimento é a instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia, cujo capital é detido pelos seus Estados Membros.

Este projeto é o primeiro empréstimo direto do BEI a um hospital em Portugal. O banco da UE continua disponível para apoiar o sector da saúde, “financiando outros projetos que contribuam de forma visível para o melhoramento da prestação de cuidados de saúde”.

O Grupo BEI, que também inclui o Fundo Europeu de Investimento, assinou novos contratos de financiamento no montante total de 88 mil milhões de euros para mais de 900 projetos em 2023. “Prevê-se que estes compromissos mobilizem cerca de 320 mil milhões de euros em investimentos, apoiando 400 mil empresas e 5,4 milhões de empregos”, conclui.

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