Benfica - Fulham, 0-1 (crónica)

1 mes atrás 48

Um Benfica de duas caras perdeu hoje frente ao Fulham no Troféu do Algarve, o último teste de pré-época. O jogo dos encarnados foi completamente díspar: uma primeira parte para esquecer e uma segunda em que fizeram o suficiente para marcar e para ganhar.

Depois de terem goleado o Feyernoord, por uns claros 5-0, e de ter feito uma pré-época com bons resultados – e um futebol atrativo -, hoje os encarnados sucumbiram perante um Fulham que só na primeira parte é que dominou.

Não é de estranhar que Schmidt não tenha mudado ninguém, após essa boa exibição frente ao Feyenoord.

O treinador alemão voltou a apostar no mesmo 11, com destaque para as presenças de Leandro Barreiro, Prestianni e Pavlidis, três dos principais jogadores do Benfica durante a pré-época.

Mas, contrariamente ao que tem acontecido, os encarnados não entraram bem na partida. A ligação entre o meio-campo e o ataque era débil e nem mesmo os bons apontamentos de Prestianni trouxeram clarividência ao jogo do Benfica.

Pelo contrário, o Fulham apresentava-se confiante, com os jogadores bem entrosados e acutilante no ataque.

Logo ao minuto 6, os ingleses podiam ter marcado, num lance confuso, após canto batido pela direita, mas que acabou com a bola a bater no poste.

Para que tenha uma ideia, o primeiro remate do Benfica apenas surgiu aos 19m e nem perigo levou. O autor? Prestianni, claro, o melhor jogador dos encarnados em campo.

O golo do Fulham, ao minuto 21, apareceu até com alguma naturalidade – tudo começou numa grande arrancada de Adama Traoré (o físico e a capacidade de aceleração do espanhol são uma coisa impressionante…).

Iwobi recebeu um passe de Traoré, abriu para Robinson e este devolveu ao nigeriano que só teve de encostar.

O Benfica não estava bem e só mesmo nos minutos finais da primeira parte é que ainda esboçou uma leve reação.

O segundo tempo exigia mais e os encarnados vieram de cara lavada: não é que tivesse havido muitas substituições (apenas saíram Best e Tomás Araújo para as entradas de Carreras e António Silva), mas a qualidade do futebol apresentado melhorou substancialmente.

O primeiro sinal foi logo deixado ao minuto 52, num grande remate de Prestianni que, de forma caricata, bateu dos dois postes da baliza de Leno.

Mas eles sucederam-se: Aursnes, aos 61m, também podia ter marcado, Kokcu, cinco minutos depois, idem…

Quanto ao bom Fulham da primeira parte, nunca mais apareceu.

O Benfica continuou sempre a carregar até ao final, ficou a reclamar (com razão) um penálti não assinalado por falta sobre Bah, mas não conseguiu marcar.

No último jogo da pré-época, os encarnados somaram a primeira derrota, numa partida em que deixaram bons e maus sinais.

Agora, é a doer.

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