Biden. "A guerra de Putin falhou. A Ucrânia é livre"

2 horas atrás 13

24 set, 2024 - 15:25 • Daniela Espírito Santo

Joe Biden faz último discurso na ONU como Presidente dos EUA, esta terça-feira.

O atual Presidente dos EUA, Joe Biden, faz esta terça-feira o seu último discurso na ONU. Na sua mensagem à assembleia geral, diz que "o mundo não pode esquecer o 7 de outubro" e defende ainda acreditar numa solução diplomática para garantir um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Passando em revista as longas décadas de trabalho na política, durante as quais viu muitos conflitos e violência, assegura que "há sempre maneira" de voltar à paz.

"Mesmo no coração da guerra há sempre um caminho em frente. As coisas podem melhorar", admite, pedindo aos líderes para darem o exemplo e não reagirem com desespero. "Como líderes não nos podemos dar ao luxo de o fazer", defende, mencionando os conflitos em Gaza, na Ucrânia, Sudão, mas também a fome, a crise climática, democrática e o terrorismo como "grandes desafios" a enfrentar como sociedade.

Num longo discurso, também deixou avisos para o futuro. "A inteligência artificial traz inúmeros riscos", alerta, mas sempre com uma nota de "esperança". "Eu sei que há um caminho em frente", reitera, usando a sua experiência para traçar um resumo das últimas décadas da Humanidade e antever o futuro de forma positiva, usando o "ataque à pandemia" como exemplo de cooperação entre nações.

"Mas existem, de facto, forças que querem fazer com que os países se afastem e caminhem sozinhos. A nossa tarefa é garantir que os nossos esforços conjuntos são maiores do que aqueles que nos querem dividir", diz, defendendo o espírito de parceria da ONU neste "ponto de viragem da História" que vivemos.

"Estamos aqui unidos, firmes contra a opressão. Vamos por fim aos conflitos. Vamos enfrentar os principais desafios globais e planear agora para os próximos riscos e oportunidades das tecnologias revolucionárias", acrescenta, deixando o caso ucraniano como "boa notícia", resultado da união da ONU.

"Podíamos simplesmente ter só protestado, mas apoiamos os nossos aliados. E, mais importante: o povo ucraniano levantou-se e lutou. E a boa notícia é: a guerra de Putin falhou e o seu objetivo principal também. Ele queria destruir a Ucrânia, mas a Ucrânia é livre", assegura, reunindo aplausos.

Destaques V+

Ler artigo completo