Biden quebra silêncio sobre internamento (secreto) do chefe do Pentágono

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pronunciou-se, pela primeira vez, na primeira pessoa, sobre a polémica em torno da hospitalização do secretário de Estado da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, referindo que tem confiança no líder do Pentágono.

Em causa, recorde-se, está o facto de o Pentágono ter esperado vários dias para informar que Lloyd Austin estava hospitalizado.

Em declarações aos jornalistas, num café em Allentown, Pensilvânia, Biden foi questionado diretamente sobre se tinha confiança em Austin. "Tenho", respondeu.

Interrogado sobre se foi um "erro de discernimento" o facto de o chefe do Pentágono não lhe ter dito nada antes, o presidente dos Estados Unidos respondeu afirmativamente: "Sim". 

Note-se que, anteriormente, a porta-voz de Joe Biden, Karine Jean-Pierre, já havia dito, em conferência de imprensa, que este tem "total confiança" em Austin. 

Lloyd Austin, 70 anos, foi diagnosticado com cancro da próstata no início de dezembro, tendo sido operado no dia 22 de dezembro, sob anestesia geral, e voltando a ser internado a partir de 1 de janeiro devido a complicações.

Este diagnóstico e estes dois internamentos só foram comunicados às altas autoridades do país, a começar pelo presidente Joe Biden, nos últimos dias, o que provocou indignação na imprensa e entre os republicanos, em pleno ano eleitoral.

Na quinta-feira, ficou a saber-se que o Departamento de Defesa dos EUA vai iniciar uma investigação independente sobre as duas hospitalizações.

A investigação do Pentágono - que será liderada por um inspetor-geral independente - também deverá avaliar se os procedimentos atuais do Departamento de Defesa são "suficientes para garantir notificações apropriadas e oportunas e transferência eficaz de poder em caso de doença", de acordo com o memorando interno.

A Casa Branca também ordenou uma revisão das regras aplicáveis em caso de incapacidade de altos funcionários.

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