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7 meses atrás 67

Piloto morre em corrida de motos no Estoril

Carlos Rodrigues

Em democracia ninguém pode ter medo do voto do povo soberano.

Num ano em que uma parte considerável da humanidade vai a eleições, tudo indica que teremos também um número recorde de atos eleitorais em Portugal. Depois da queda dos governos da República e da região autónoma dos Açores, a crise política instalada na Madeira acabará inevitavelmente numa nova ida às urnas, quando o chefe do Estado tiver de novo o poder constitucional para o decidir. A toda esta sucessão de inesperados escrutínios juntar-se-á a escolha dos representantes no Parlamento Europeu, a única que já estava agendada, para junho. No total, cada português terá, pelo menos, duas oportunidades para exercer o direito de voto, e os habitantes das ilhas poderão fazê-lo em três ocasiões. É certo que este tsunami eleitoral em Portugal é muito inesperado. Se alguém o previsse há apenas 6 meses seria apelidado, no mínimo, de insensato. Há uma forma pessimista de olhar para o fenómeno, mas é fundamental não perder de vista que estamos perante o regular funcionamento das instituições. Desde logo, da Justiça, porque dois dos executivos caíram, ou estão em vias de cair, na sequência de investigações judiciais. Depois, tudo isto é prova de que os regimes democráticos encontram sempre solução. Em democracia, ninguém deve ter medo do voto do povo soberano, única fonte da legitimidade do poder.

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