Boavista sem reforços inscritos a tempo do arranque da Liga

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O Boavista vai estrear-se na Liga sem poder utilizar reforços devido ao impedimento de inscrição de novos jogadores pela FIFA.

«Apesar de todo o esforço colocado em prática por este Conselho de Administração (CA) nos últimos três meses, assumimos que este processo não estará concluído a tempo do início do campeonato. A sua resolução envolve múltiplos procedimentos e negociações intricadas, pelo que foi impossível de ultrapassar isso no curto tempo de vida deste CA», admitiu Fary, presidente da SAD axadrezada, numa mensagem publicada no site oficial do clube.

Ibrahim Alhassan e Bruninho são os jogadores contratados pelo Boavista neste defeso, mas não podem ser registados devido a dívidas deixadas pela anterior administração.

«Atualmente, estamos perante mais um grande desafio e um dos maiores da história da sociedade: a resolução dos impedimentos. A Boavista SAD tem estado impedida há três mercados de transferências de registar contratos com novos atletas, algo absolutamente inadmissível aos olhos do CA», acrescentou Fary, visando «soluções que permitam, de uma vez por todas, resolver este e outros problemas que dificultam o normal funcionamento da SAD».

O dirigente disse ter cumprido quatro objetivos prioritários que foram fixado quando rendeu Vítor Murta em maio passado, entre os quais a manutenção na Liga, o cumprimento dos pressupostos necessários para a inscrição na nova época e a resolução dos impedimentos nacionais que permitiram renovar as inscrições dos jogadores sob contrato até 22 de julho, prazo estabelecido pela Liga.

«É inegável que a credibilidade do Boavista foi, nos anos mais recentes, profundamente afetada por comportamentos e práticas totalmente contrárias aos valores que defendo e que em muito prejudicaram e continuam a prejudicar uma instituição com 121 anos. Não há outra forma de o dizer: encontrámos uma SAD destruída financeiramente e altamente ferida na sua credibilidade para o exterior. Agora, é hora de reconstruir e de recuperar a credibilidade - e esse é um dos pontos de honra deste CA», apontou.

«Não faço, nem nunca farei, falsas promessas. A situação é muito delicada, lutamos todos os dias pela nossa sobrevivência e o único compromisso que assumo é de que tudo farei para voltar a oferecer a dignidade, confiança e credibilidade ao Boavista. Quero construir um Boavista que orgulhe todos os boavisteiros, não só nos resultados desportivos, mas, sobretudo, nos valores e princípios», disse ainda Fary Faye.

À procura de liquidez, o Boavista vendeu recentemente Pedro Malheiro ao Trabzonspor e Chidozie ao Cinchinnati, em negócios que permitiram o encaixe imediato de cerca de 2,5 milhões de euros.

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