Boeing perde mais 125 milhões de dólares com a nave espacial Starliner

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A Boeing, gigante da aviação e do setor aeroespacial, registou mais uma perda significativa, na ordem dos 125 milhões de dólares (cerca de 115 milhões de euros ao câmbio atual), devido ao atraso da cápsula espacial Starliner em regressar à Terra. A empresa divulgou os valores num documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, juntamente com mais detalhes sobre os lucros obtidos no segundo trimestre deste ano. Em 2023, a empresa já tinha registado perdas de 288 milhões de dólares devido ao adiamento desta missão, denominada Crew Flight Test, conforme relata o site SpaceNews.

A empresa tem investigado nas últimas semanas a razão que causou a degradação dos propulsores de manobra da Starliner enquanto se aproximava da ISS. Além disso, a fuga de hélio, que já tinha provocado vários atrasos no lançamento da cápsula, pode agora ter-se agravado. Desde junho, a empresa tem submetido a cápsula a uma série de testes. No passado sábado, dia 27 de julho, foi concluído um teste do sistema de controlo de reação da Starliner, garantindo que os níveis de fuga de hélio da nave permanecem dentro da margem aceitável. Os testes foram realizados com os astronautas Sunita Williams e Bary Wilmore a bordo.

A NASA afirmou que os resultados dos testes ainda estão a ser analisados. Contudo, assim que a Boeing e a agência assegurarem que a Starliner está pronta, será marcada uma data para o voo de regresso da Starliner e dos dois tripulantes.

A Starliner, desenvolvida para transportar astronautas de e para a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), ainda não tem uma data prevista para regressar. Este contratempo surge na sequência de vários atrasos e problemas técnicos que têm afetado o progresso do projeto desde o início. A missão estava originalmente planeada para contribuir significativamente para o programa espacial da NASA, tornando-se uma alternativa ao Crew Dragon da empresa SpaceX.

Os problemas técnicos que a Starliner enfrentou incluem falhas nos sistemas de software e desafios relacionados com o design. Estes obstáculos têm atrasado repetidamente os testes e lançamentos programados, envolvendo tanto a Boeing como a NASA. A parceria, descrita como um “avanço significativo para o transporte espacial comercial”, tem sofrido críticas crescentes devido aos atrasos e ao aumento dos custos.

Para a Boeing, este revés representa não apenas um desafio financeiro, mas também uma questão de reputação. A empresa tem estado sob pressão para demonstrar a capacidade de desenvolver e operar sistemas espaciais seguros e eficazes.

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