Bolsa de Lisboa segue no ‘vermelho’. BCP cede mais de 3%

9 meses atrás 62

Segundo o analista de mercados do Millenium BCP, Ramiro Loureiro, “as bolsas europeias negoceiam em baixa, no dia em que Wall Street regressa de fim de semana prolongado e o mercado de futuros sobre os principais índices de ações norte-americanos indiciam um arranque em correção”.

A bolsa de Lisboa segue no meio sessão, desta terça-feira, em terreno negativo, a perder 1,01% para 6.437,23 pontos, em linha com as congéneres europeias.

A liderar as perdas está o BCP que cede 3,08% para 0,2893, seguido da EDP Renováveis que perde 1,77% para 16,36 euros e da EDP que desvaloriza 1,61% para 4,412 euros.

Por outro lado, a Galp soma 0,81% para 14,98 euros, a Jerónimo Martins ganha 0,47% para 21,38 euros, a Semapa avança 0,44% para 13,80 euros.

No que diz respeito às congéneres europeias, o alemão DAX perde 0,45%, o espanhol IBEX 35 cede 0,81%, o francês CAC40 desvaloriza 0,37% e o britânico FTSE 100 cai 0,32%.

Segundo o analista de mercados do Millenium BCP, Ramiro Loureiro, “as bolsas europeias negoceiam em baixa, no dia em que Wall Street regressa de fim de semana prolongado e o mercado de futuros sobre os principais índices de ações norte-americanos indiciam um arranque em correção”.

“A banca está a ser castigada por uma nota mais negativa do JPMorgan para o sector, reduzindo projeções de lucros e preços-alvo, devido à sua visão sobre o impacto da descida esperada nas taxas de juro. Por essa razão, o IBEX, que tem forte exposição ao sector financeiro, é quem mais recua, enquanto o PSI também é castigado pela correção do BCP em reação ao ambiente exterior”, sublinhou.

Em território nacional, o especialista destacou “as descidas mais expressivas de Mota-Engil, EDP e EDPR. Lá fora a Hugo Boss tomba mais de 12% após reportar contas. A HelloFresh sofreu um corte e perdia 6%”.

Pela positiva, o analista sublinhou “upgrades para a Adyen, ainda que a empresa de meios de pagamento não registe reação. No plano macroeconómico chegou a confirmação de que a inflação na Alemanha subiu mesmo dos 2,3% em novembro para os 3,8% em dezembro, utilizando o método harmonizado da União Europeia, um movimento que já estava contudo incorporado pelo mercado”.

“Entretanto chegou a indicação do Zew Survey de que a confiança dos investidores melhorou pelo sexto mês consecutivo, alimentada pela esperança de flexibilização monetária do banco central, acreditando-se que o início de corte de taxas de juro ocorrerá no primeiro semestre deste ano”, frisou.

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