Bolsas dispararam na Europa e EUA no último ano. Para 2024, previsão é de otimismo moderado

9 meses atrás 104

Os mais importantes índices europeus registaram subidas acima de 10% e até de 20% no último ano. O PSI adiantou-se 11,7% e, em Wall Street, o S&P 500 aproximou-se de máximos históricos. Para o próximo ano, os mercados apontam para grande impacto da inflação e da política monetária dos bancos centrais.

O ano que agora terminou foi de subidas intensas nas bolsas europeias e os investidores têm vindo a transmitir sensações positivas, ainda que com moderação no que diz respeito a expetativas para 2024.

Na base está o facto de o abrandamento da economia ser acompanhado pelo abrandamento da inflação, em termos homólogos, um pouco por toda a Europa e Estados Unidos, a julgar pelos dados dos meses mais recentes, de acordo com uma análise da BA&N sobre as perspectivas de mercados para o novo ano.

A bolsa de Lisboa não foi exceção, de tal forma que foi protagonista de ganhos na ordem de 11,7% entre o dia 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023. Ainda assim, ficou atrás da tendência geral dos mercados europeus. O índice agregado Stoxx 600, a título de exemplo, avançou 12,7%, ao passo que o francês CAC 40 somou 16,5%. Seguiu-se o DAX 30 (Alemanha), em 20,3%, o IBEX 35 (Espanha) nos 22,8% e ainda o FTSE MIB (Itália), em 28,0%, a maior subida de entre os principais mercados europeus.

Do outro lado do Atlântico, nos EUA, as subidas foram ainda mais acentuadas, com o o S&P 500 a adiantar-se 24,2% e a atingir os 4 769,8 pontos, muito perto de máximos históricos em termos de cotação. Em simultâneo, o Nasdaq 100 encaixou 53,8%, o que faz deste o melhor ano para o índice tecnológico em todo o século XXI.

As expetativas para 2024 são positivas, mas sempre pautadas pela moderação, em face dos fatores de insegurança existentes. Entre eles, destaca-se a possibilidade de os bancos centrais se mostrarem conservadores no que diz respeito a cortarem nas taxas de juro, depois de adotarem uma política de subidas agressivas. Nesse sentido, a Reserva Federal (Fed) sinalizou três cortes de 25 pontos base em 2024, ao passo que o Banco Central Europeu (BCE) insiste que é cedo para abordar o tema.

Ao mesmo tempo que os investidores aguardam pela continuidade na desaceleração da inflação (pelo menos até à marca dos 2%), assim como por cortes nos juros, a recessão global continua a ser uma possibilidade e, claro, iria resultar em fortes pressões sobre os principais índices. Em simultâneo, a situação geopolítica é uma incógnita, com as guerras no leste europeu, entre Rússia e Ucrânia e no Médio Oriente, entre Israel e o Hamas, a provocarem cenários de instabilidade.

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