Bolsonaro indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa

2 meses atrás 66

04 jul, 2024 - 22:55 • Miguel Marques Ribeiro

Polícia Federal brasileira concluiu a investigação ao "caso das joias sauditas" e encontrou indícios suficientes para acusar ex-Presidente e outros 11 envolvidos, devido à apropriação indevida de ofertas recebidas em visitas oficiais ao estrangeiro no valor de 3 milhões de euros.

Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal do Brasil por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa no processo que ficou conhecido como "caso das joias sauditas", revelaram esta quinta-feira diversos media brasileiros.

O ex-Presidente brasileiro estava a ser investigado desde março de 2023 devido ao alegado destino indevido dado a ofertas de Estado, nomeadamente joias recebidas em visitas oficiais efetuadas ao estrangeiro.

Segundo aponta a investigação, Bolsonaro ter-se-ia apropriado de presentes de alto valor oferecidos à Presidência e montou um esquema que permitia encaminhar esses objetos valiosos, através do avião presidencial, para lojas localizadas nos Estados Unidos e assim receber em troca elevadas quantias.

Para a Polícia Federal do Brasil, o ex-Presidente não atuou sozinho. Há pelo menos outros 11 envolvidos relativamente aos quais também deverá ser deduzida acusação. Entre eles está o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Júnior, indiciado por peculato e associação criminosa. Os restantes são, na maioria, membros da equipa de Bolsonaro.

O relatório final da Polícia Federal, que foi conhecido publicamente esta quinta-feira, estará prestes a ser entregue ao Supremo Tribunal Federal, onde vai ser apreciado pelo magistrado Alexandre de Moraes que, eventualmente, o vai transmitir à Procuradoria-Geral da República brasileira, que pode ou não validar o indiciamento agora deduzido pela Política Federal.

As joias, algumas delas fabricadas pela Chopard da Suíça, foram avaliadas em cerca de 3 milhões de euros e incluíam um colar de diamantes, um anel, um relógio e brincos dados a Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo governo saudita.

Destaques V+

Ler artigo completo