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Ryan Wesley Routh, autor do ataque mais recente a Donald Trump, escreveu uma carta meses antes de tentar assassinar o ex-presidente - a admitir que esse era o objetivo.
Segundo novos documentos apresentados pelos procuradores federais, que estão a tonar conta do caso, uma testemunha disse às autoridades que o homem deixou uma caixa na sua casa meses antes de tentar matar Donald Trump, situação que aconteceu há uma semana.
As autoridades, citadas pela imprensa internacional, explicam que foi quando soube da tentativa de assassínio que abriu a caixa - que "continha munições, um tubo metálico, materiais de construções diversos, ferramentas, quatro telemóveis e várias cartas".
Sabe-se agora que uma das missivas estava endereçada "Para o Mundo", e dizia: "Isto foi uma tentativa de assassínio a Donald Trump, mas falhei-vos. Tentei o meu melhor e com todo o empenho. Cabe-vos agora a vocês terminar este trabalho. E vou oferecer 150 mil dólares a quem conseguir completá-lo".
A carta fala ainda das relações que "Trump cortou relações com o Irão, comportando-se como uma criança" e que agora "o Médio Oriente está desfeito".
O homem, de 58 anos, tinha dito que esperou cerca de 12 horas para que Donald Trump aparecesse no local onde este estava com uma arma, mas os Serviços Secretos dão conta de que ele pode estar a mentir acerca disto - e estas conclusões foram retiradas a partir de informações recolhidas do telemóvel que este tinha.
Segundo os procuradores, Routh já tinha andado a 'sondar', não só perto do campo de golfe de Trump na Florida, onde foi visto e depois fugiu - sendo mais tarde detido -, como entre agosto e setembro já tinha estado "várias vezes" próximo a da casa de Trump em Mar-a-Lago, também na Florida.
O homem, que votou em Donald Trump nas presidenciais de 2016, conseguiu escapar num carro do campo de golfe (onde deixou a arma e tudo o que levava). Foi enquanto estava no veículo, que uma testemunha conseguiu identificar, que foi detido. A audição começa esta segunda-feira, e é possível que o homem ainda venha a ser acusado de mais crimes.
No carro, os agentes encontraram também seis telemóveis, 12 pares de luvas, uma carta de condução do Havai e também um passaporte. Um dos telemóveis tinha no histórico uma pesquisa que dava conta de que os planos de Routh seriam fugir para outro país, dado que tinha "uma procura no Google de como ir do Condado de Palm Beach para o México".
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