Bombeiros com taxas para hospitais aprovadas reúnem-se com Direção do SNS

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A reunião com a Direção Executiva do SNS está prevista para o final da manhã. Se Fernando Araujo não apresentar uma solução que vá ao encontro da posição dos bombeiros, a taxa começa a ser cobrada já na quarta-feira.

Os bombeiros queixam-se de terem equipas imobilizadas nos hospitais com a retenção de macas nos serviços de urgência.

Na semana passada, o gabinete do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde havia indicado, em comunicado, que não poderia tomar uma posição face à taxa a aplicar aos hospitais; em resposta ao presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, alegou mesmo que não possuía competência própria ou delegada nesta matéria.

Fernando Araújo propôs que a proposta fosse dirigida a um membro competente do Governo.Nos termos da medida definida pela Liga dos Bombeiros, a primeira hora de retenção de macas mantém-se gratuita, dado que está incluída no transporte do doente. As duas horas seguintes vão custar 50 euros ao hospital e, se a ambulância permanecer retida por mais de três horas, as duas seguintes têm um custo de 100 euros, que depois aumenta para 150.

“Tomámos a decisão, por unanimidade e aclamação, de que a partir de quarta-feira, dia 10, vamos passar a solicitar aos hospitais que façam o ressarcimento das despesas que os bombeiros estão a ter pela imobilização das suas ambulâncias, das suas macas e dos seus bombeiros nas urgências hospitalares”, afirmou o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, depois da reunião do Conselho Executivo da estrutura.

Os bombeiros estão a ter despesas adicionais que não estão contempladas em nenhum protocolo. Nós temos de garantir que há um ressarcimento das despesas. Os bombeiros não querem ganhar dinheiro com as urgências, os bombeiros não querem ser prejudicados com as urgências”, acentuou o responsável.

O presidente da Liga admite que a aplicação das tacas não irá solucionar os problemas nas urgências, mas sublinha que não podem ser as corporações de bombeiros “a subsidiar o mau funcionamento dos hospitais perante uma situação que se está a agravar”.

“Não há razão nenhuma para não ser devolvida a maca e a ambulância esteja parada no estacionamento à espera da maca”.

A situação, fez notar António Nunes, está “a criar três tipos de problemas aos bombeiros”: “Um problema de gestão de pessoal, de gestão de meios e viaturas e agudizar o socorro às comunidades”.

“Estamos em Gouveia, se as ambulâncias saírem daqui e não houver ambulância têm de vir outras ambulâncias vizinhas, se estiverem disponíveis”, frisou.

c/ Lusa

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