A petrolífera prevê agora fazer novos investimentos no Médio Oriente e no Golfo do México para aumentar a sua produção de gás e petróleo.
A BP decidiu abandonar o objetivo de cortar a produção de gás e petróleo até 2030, numa altura em que o CEO da empresa, Murray Auchincloss, está a dar um passo atrás na estratégia de transição energética para recuperar a confiança dos investidores, escreve a “Reuters”.
A estratégia da BP, revelada em 2020, incluía uma promessa de cortar a produção de gás e petróleo em 40%, aumentando rapidamente as energias renováveis até 2030. No início do ano passado, este corte passou a ser de 25%, o que significava produzir dois milhões de barris por dia no final da década. Uma decisão que veio responder ao foco dos investidores nos retornos de curto prazo e não tanto na transição energética.
A empresa prevê agora fazer novos investimentos no Médio Oriente e no Golfo do México para aumentar a sua produção de gás e petróleo, referem fontes à “Reuters” que avança a informação esta segunda-feira.
Apesar disto, a BP mantém a meta de alcançar emissões zero carbono até 2050. “Como disse Murray Auchincloss no início do ano, a direção é a mesma”, mas teremos uma “empresa mais focada e com maior valor”, disse um porta-voz da petrolífera à “Reuters”.
A BP investiu milhares de milhões em novos negócios “verdes” e reduziu acentuadamente a equipa de exploração de gás e petróleo desde 2020, refere a agência de notícias, notando, porém, que problemas na cadeia de distribuição e aumentos acentuados dos custos e das taxas de juro pressionaram a rentabilidade no segmento das renováveis.
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