O fator militar não é despiciendo no Brasil e a operação lançada contra Bolsonaro e algumas altas patentes do exército tem tudo para voltar a criar fricção com o poder político. O presidente dispensa.
O Presidente do Brasil disse esta quinta-feira, após uma grande operação policial, que acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve envolvido na tentativa de golpe de Estado de janeiro de 2023, mas pediu para se aguardar pela conclusão das investigações. Ao mesmo tempo, nas redes sociais, o presidente brasileiro quis deixar claro que nada tinha a ver com o que estava a suceder no campo da investigação policial. Desta forma, Lula da Silva tentava serenar os ânimos dos militares – que no Brasil têm de ser geridos com ‘pinças’, como salientam vários analistas. Não é a primeira vez que Lula da Silva dá mostras de ter que gerir a relação com os militares – e esse era um dos seus maiores medos quando o país foi confrontado com a invasão dos edifícios estatais em janeiro de 2023.
Na altura, e logo nas primeiras horas, não ficou claro qual seria a atuação dos militares face ao que estava a suceder. E o facto de a impunidade dos invasores ter passado em direto nos canais televisivos por muito tempo deixou antever o pior.
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