Dianne McKay vive no Reino Unido, mas viajou mais de 6 mil quilómetros até Trindade e Tobago, nas Caraíbas, para conhecer o assassino da sua mãe e tentar saber, finalmente, onde é que este escondeu o corpo da progenitora.
De acordo com a BBC, ao contrário do que seria de esperar à partida, o encontro, que ocorreu num hotel, foi bastante caloroso e emocionante. Dianne, que tem hoje 84 anos, chegou mesmo a abraçar o homicida e cumprimentou-o com dois beijos.
"Olá, sou eu, Dianne. Vim aqui para vê-lo", disse, segundo o mesmo site, a idosa a Nizamodeen Hosein, que cumpriu 20 anos de prisão no Reino Unido pelo homicídio e, posteriormente, foi deportado para as Caraíbas, de onde é natural.
"Obrigada, Deus a abençoe. É bom vê-la", respondeu o criminoso, antes de cumprimentar a filha da mulher que matou.
Nizamodeen Hosein tinha 22 anos quando, junto com o irmão mais velho, Arthur, raptou Muriel McKay, de 55 anos, da sua casa, em Londres, em dezembro de 1969. A dupla confundiu-a com Anna, a mulher do milionário Rupert Murdoch, que acabara de comprar o jornal The Sun, e de quem Muriel era amiga.
Na altura, os irmãos pediram um resgate de 1 milhão de libras, o equivalente a 1.168 de euros.
Segundo Nizamodeen, ninguém matou Muriel. Esta morreu enquanto estava sentada com ele a ver o telejornal, depois de se sentir mal ao ver os apelos desesperados da família.
Ao questionar o assassino da mãe sobre o lugar onde enterrou o corpo desta, este revelou a Dianne que quando ela morreu entrou "em pânico" porque o objetivo não era matá-la. Em choque, arrastou o corpo para o exterior, através de um portão, e virou à esquerda, onde havia um celeiro. "A dois metros da cerca, é onde está o corpo", acabou por admitir.
Após o encontro, Dianne e o filho, Mark, que tinha apenas seis anos quando a avó foi raptada, defenderam que que Nizamodeen "era jovem e era muito influenciável pelo irmão, que era uma pessoa horrível" e que está "arrependido do que fez".
Para ambos o encontro revelou-se "um grande sucesso".
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