Câmara de Lisboa vai apoiar restauro do túmulo do Papa João XXI em Viterbo

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A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai apoiar com 50.000 euros a reconstrução da sepultura de João XXXI, o único Papa português, localizada na Catedral de Viterbo, em Itália, e atualmente em estado de degradação.

De acordo com a proposta, aprovada numa reunião da autarquia, a verba será entregue à Diocese de Viterbo para a recuperação da tumba que atualmente está em estado de degradação, junto ao altar-mor da Catedral de São Lorenzo.

Depois de recuperada, a tumba será transferida para uma capela própria, na mesma Catedral, que ostentará o nome do papa português.

A Diocese de Viterbo ficará responsável pela execução da obra e informará a Câmara de Lisboa (PSD/CDS-PP - coligação Novos Tempos) sobre a evolução e fiscalização dos trabalhos, apresentando um relatório com os resultados e com um descritivo das atividades realizadas.

João XXI, conhecido também como Pedro Hispano, foi um famoso erudito do século XIII, médico, filósofo, teólogo e matemático, e o único português a ser nomeado Papa.

Terá nascido em Lisboa em 1215, como Pedro Julião Rebolo, e morreu em 20 de maio de 1277, tendo sido sepultado na Catedral de São Lorenzo, na cidade de Viterbo.

A sepultura mudou várias vezes de lugar, tendo sido João XXI transladado para a nave central da Catedral de Viterbo, junto ao altar-mor, em 28 de março de 2000, graças ao apoio da autarquia lisboeta.

Citado numa nota de imprensa, o vice-presidente da Câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que apresentou a proposta, lembrou que João XXI foi o único Papa português, "um cidadão de Lisboa que transcendeu fronteiras e um homem de erudição extraordinária", pelo que se justifica o apoio do município para que o túmulo tenha a dignidade que merece.

Votaram contra a proposta o BE (uma vereadora) e dois vereadores do movimento Cidadãos Por Lisboa (independentes eleitos pelo PS), enquanto outro vereador deste grupo se absteve, tal como os dois vereadores do PCP.

Votaram a favor a coligação Novos Tempos (sete vereadores), o PS (três) e o Livre (um).

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