Campeã olímpica não perdoa a Rússia: "Bombardearam a minha cidade"

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Olga Kharlan concedeu uma emocionada entrevista à edição desta sexta-feira do jornal espanhol Marca, na qual dedicou a medalha de ouro conquistada na prova de esgrima dos Jogos Olímpicos a "todos os soldados que perderam a vida e aos que continuam a lutar para defender" a Ucrânia.

"O mundo esqueceu-se de nós, ainda há guerra", recordou a atleta de 33 anos de idade, na qual confessou que Paris'2024 "tem sido muito difícil" para os compatriotas, visto que cada um "tem a sua própria história" e "sofreu à sua maneira" com a invasão por parte das forças militares russas, que dura já desde 2022.

"Alguns atletas perderam alguém, outros estão a lutar na frente, outros morreram na guerra e não podem estar aqui. É um peso para o coração e para a alma, mas estamos aqui pela Ucrânia e estamos muito orgulhosos por representar o nosso país. Estas medalhas são muito especiais", afirmou.

"No meu coração, há emoções diferentes. Neste momento, em parte, estou muito feliz porque conquistei uma medalha para o meu país, e, ainda que fosse por minutos, pude levar alguma alegria temporária ao meu povo. Ao mesmo tempo, estou muito triste pelo que acontece a cada dia", prosseguiu.

"Quando a guerra começou, só queríamos salvar as nossas casas e as nossas famílias. Só nos focámos em sobreviver dia a dia, semana a semana. Quando os russos começaram a bombardear a minha cidade, chorei muito. Foi muito duro. Só rezávamos para que tudo corresse bem", completou.

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