Esta jornada até pode ter sido de grandes percalços no futebol português, mas o Benfica não foi alvo dos mesmos, em todos os sentidos, e venceu justa e confortavelmente um Gil Vicente apático, por 3-0, subindo, à condição, à liderança do campeonato português. Num fim de semana marcado por vários adiamentos, fruto do boicote das autoridades, em protestos por melhores condições laborais, Benfica e Gil Vicente foram a jogo. Do lado encarnado, Roger Schmidt promovia o regresso à titularidade de Bah, fazendo Aursnes regressar ao meio campo, largos meses depois, para ficar João Mário no banco de suplentes, assim como Kokçu (Florentino Luís titular). Do lado gilista, Vítor Campelos dava a titularidade a Gbane, no lugar de Martim Neto (emprestado pelo Benfica). Ao contrário do que se vê com boa parte das equipas em Portugal, o Gil Vicente foi até à Luz a pressionar alto e com muita gente, tentando constranger a saída a jogar por trás do Benfica, mas os de Barcelos foram dando espaço em excesso no miolo e entre linhas e os encarnados nunca pareceram ter realmente dificuldades em ultrapassar essa pressão. Isso, de resto, permitiu às águias ir explorando bem a verticalidade dada por Bah (distinta da que dava Aursnes) e juntar bem os médios à transição. Contudo, a verdade é que foram as bolas paradas a fazer tremer por completo os gilistas. Logo aos 5', Arthur Cabral atirou de cabeça ao poste, num canto estudado, mas pouco depois, aos 15', novamente num canto, não perdoou e aproveitou a falha de marcação para fazer o 1-0. Por esta altura, o Gil Vicente já não pressionava de forma tão acutilante, mas continuava a dar espaço em excesso no miolo e, quando não o fazia, o Benfica usava Arthur Cabral, a trabalhar à pivot, para queimar etapas e sair na transição com relativa facilidade. João Neves faturou @Kapta+ Era preciso um Gil Vicente bem melhor para retirar algo da partida e fazer tremer um Benfica super confortável no jogo, mas os encarnados não viram grandes diferenças no conjunto de Barcelos no arranque da 2ª parte e foram gerindo a posse de bola, demonstrando a mesma facilidade em chegar com perigo ao último terço. Não foi, por isso, de estranhar que as águias precisassem de menos de cinco minutos para ampliar a vantagem, numa jogada bem tricotada pela esquerda, onde Aursnes assistiu Rafa para o 3-0. Benfica esteve sempre confortável @Kapta+ Percebendo que o jogo estava resolvido, Roger Schmidt aproveitou para promover a rotação da equipa e as entradas de David Neres e Álvaro Carreras (muito aplaudido, depois dos elogios do treinador, na antevisão) ainda trouxeram alguma velocidade que ia já faltando na partida, mas nada com real impacto. Os 25 minutos finais foram, assim, quase disputados em registo de treino e entrosamento (principalmente Carreras, Alex Pinto e Afonso Moreira) e o Gil apenas assustou realmente aos 85', por Touré, mas Trubin esteve bem e o 3-0 não mais foi alterado.Fácil demais
Pouco mudou