Carlos Lopes sentiu a morte de Constantino como se fosse do pai

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Foi uma perda como se fosse o meu pai. Era um homem extraordinário, íntegro. Ainda há precisamente um ano, quando fiz 39 anos da medalha de ouro, estive a almoçar com ele e com toda a minha família”, contou Carlos Lopes, o primeiro campeão olímpico português.

O antigo atleta, de 77 anos, conquistou há 40 anos e um dia, em 12 de fevereiro de 1984, a medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos Los Angeles1984, tendo hoje sido alvo de uma “singela homenagem” em Viseu, a sua terra natal.

Carlos Lopes disse que ficou “ferido” com a morte de Constantino, aos 74 anos, “ainda mais no dia em que acabam os Jogos (Paris2024), é uma coisa que nem lembra ao diabo”, assumindo-se como “um homem que não expressa emoções, apesar de as sentir”.

Aquilo que ele fez pelo desporto! Ele conseguiu viver mais tempo com a vontade de ver os Jogos e as medalhas que Portugal ganhou”, defendeu Carlos Lopes, aludindo à coincidência de a morte do dirigente ter ocorrido no último dia de Paris2024.

Porquê do adiamento do livro

O lançamento da biografia de Carlos Lopes estava marcado para segunda-feira, data do 40.º aniversário da vitória na maratona olímpica, mas acabou por não acontecer devido à morte de Constantino.

“Não podia, o livro existe por causa dele. Ele tinha de ver a obra que foi feita em sua homenagem, porque o livro está cá, porque ele me pediu muito e ele merecia estar presente”, vincou Carlos Lopes, prometendo o lançamento da obra para “daqui a uns tempos” em Lisboa e, mais tarde, também em Viseu.

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