Carlos Queiroz abandona cargo de selecionador do Qatar

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A Federação do Qatar oficializou esta quarta-feira a saída de Carlos Queiroz do comando da seleção nacional. O treinador português tinha assinado contrato de quatro anos com a seleção qatari em fevereiro, tendo em vista qualificação para o Mundial'26, tendo iniciado a fase de qualificação com vitórias frente a Afeganistão (8-1) e Índia (3-0).

"Obrigado ao treinador Carlos Queiroz pelo tempo que esteve à frente da nossa seleção. Desejamos-lhe sucesso na sua futura carreira", escreveu o clube nas redes sociais.

Ao longo de 30 anos de uma carreira iniciada em 1991, e antes de chegar ao Qatar, Queiroz havia já orientado seis seleções, tendo passado pelo comando dos Emirados Árabes Unidos (1999), África do Sul (2000 a 2001) e Colômbia (2019 a 2020), além de Portugal (1991 a 1993 e 2008 a 2010), Irão (2011 a 2019 e 2022) e Egito (2021 a 2022).

Depois de conquistar dois Mundiais de sub-20 com Portugal, em 1989 e 1991, com a 'geração de ouro', Queiroz foi o escolhido para levar a seleção principal ao Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, mas falhou o objetivo e abandonou o cargo, na altura, com críticas fortes à Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Seguiram-se três temporadas no Sporting (o máximo que conseguiu foi uma Taça de Portugal) e passagens pelos Estados Unidos (MetroStars), Japão (Nagoya Grampus), Emirados e África do Sul, até chegar a Inglaterra, em 2002/03, para ser adjunto de Alex Ferguson no Manchester United.

Na época seguinte, Queiroz foi o escolhido para comandar o Real Madrid, mas a aventura no emblema merengue, pelo qual conquistou a Supertaça de Espanha, apenas durou uma temporada, regressando no final a Manchester, novamente para ser o 'número dois' de Ferguson.

Em 2008, o antigo guarda-redes, nascido em Nampula, em Moçambique, regressou à seleção portuguesa, desta vez para render o brasileiro Luiz Felipe Scolari e garantir o apuramento para o Mundial2010, objetivo que foi cumprido.

Na África do Sul, Portugal caiu nos oitavos de final perante a Espanha (1-0), que viria a conquistar a prova, e Queiroz voltou a abandonar o cargo em conflito aberto com a direção da FPF, mas também com alguns jogadores lusos, como Cristiano Ronaldo ou Pepe.

Em 2011, o técnico chegou ao Irão, onde permaneceu oito anos, disputando dois Mundiais, nos quais ficou sempre pela fase de grupos.

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