Cartas ao Director

9 meses atrás 77

É condição necessária, mas não é suficiente!

Saúdo naturalmente a intensificação das acções de fiscalização que nestas quadras festivas a GNR e a PSP levam a efeito. Contudo, perante aquilo que todos os dias e a todas as horas se vê nas estradas e auto-estradas, com infracções de toda a ordem, tais como mudanças de direcção sem assinalar a manobra, passagens de traços contínuos, desrespeito pelas regras da prioridade, ignorância das regras de circulação em rotundas, isto para não falar de trotinetes e bicicletas a circular em contramão, que me parece que, aquilo que devia ser muito mais intensificado era o patrulhamento rodoviário em veículos descaracterizados.

João Nabais, Rio de Mouro

A Hungria na UE?

Mais um dia triste. A UE suspendeu há meses a atribuição de fundos europeus à Hungria por motivos bem profundos: o desrespeito de princípios de um Estado de direito democrático por parte da Hungria. O que faz o Sr. V. Orbán? Não perde uma oportunidade de chantagear a UE acenando o seu direito de veto. E o que faz a UE? Cede. Agora dá-lhe 10.000 milhões a troco de ele não se opor ao pacote de ajuda da UE à Ucrânia. Mas o Sr. V. Orbán vai ter muito mais oportunidades de acenar com o seu veto noutras decisões... e lá vão mais 10.000 milhões para cada “cedência” de Orbán. Em breve, vai ter o dinheiro todo que quer, sem mexer um dedo nas suas leis antidemocráticas. Quando é que a UE mostra a porta da rua à Hungria? Não é com os amigos de Putin que se constrói uma “união” europeia.

Fernando Vieira, Lisboa

António Barreto e a estranheza

Na sua última crónica, “Estranha crise”, António Barreto (A.B.) faz uma declaração extraordinária: que acha evidente que os socialistas portugueses “são os responsáveis pela grave crise dos serviços públicos fundamentais (saúde, educação, justiça…)”. Como acho impossível que A.B. não leia nem ouça informação do que se passa nos outros países, será que considera o PS responsável pelo estado calamitoso dos serviços de saúde e pelo estado de degradação da educação, em França, em Inglaterra, Itália, etc.? “É tudo possível” na estranha crise de opiniões de A.B. A outra hipótese era a que estaria de má-fé a fazer propaganda partidária, disfarçada de artigo de opinião. Prefiro a primeira.

M. Helena Cabral, Carcavelos

O terrorista Guterres

No Conselho de Segurança da ONU, os EUA foram um dos que vetaram o cessar-fogo imediato em Gaza. Não é surpreendente. Aos fabricantes e negociantes de armamento interessa que haja cada vez mais guerras, não importa onde. Nos EUA vive a maior comunidade de judeus no mundo e, embora o negue, o Governo de Biden apoia o regime segregacionista de Israel; como em tempos idos apoiaram o apartheid na África do Sul. A indústria de armamento é tão forte que nos EUA a livre venda de armas é permitida aos civis, sendo com frequência que adolescentes matam colegas de escola. Como se tolera que o embaixador de Israel junto das Nações Unidas exija a demissão do secretário-geral da ONU, como se de um terrorista se tratasse? Se alguém devesse ser excluído é justamente o representante de Israel.

E porque não se manifesta a sociedade portuguesa, em força, pelo fim deste morticínio, como fez em 2002 por reacção à invasão de Timor-Leste pela Indonésia? (Com o apoio logístico dos EUA – sempre os EUA!) Afinal, Timor já não era “portuguesa”...

Domicília Costa, V.N. Gaia

Solidariedade para quem trabalha no JN, DN, O Jogo, Dinheiro Vivo e TSF

Somos assíduos compradores de imprensa e confessamos que ficámos tristes, apreensivos e activamente solidários para com os cerca de 150 a 200 trabalhadores da Global Media Group ameaçados de despedimento.

Os títulos visados são: o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias, O Jogo, o Dinheiro Vivo e a TSF. A imprensa enfrenta desafios, mas o JN, pelo que leio, apresenta resultados anualmente positivos, e no suporte de papel e online está em lugar cimeiro.

Face a estes resultados positivos, e ainda bem!, pomo-nos no lugar dos(as) jornalistas a despedir (já o fui e é uma semimorte!), e, repetimos, por solidariedade activa assinámos uma petição pública a favor do não despedimento, pois claro! Gostamos de gostar de jornais! Têm a particularidade de não se confundirem com a (maioritária) cloaca das redes digitais... Não pode ser boa ideia amputar (despedir) jornalistas daqueles órgãos.

Faz-nos falta jornais e a rádio, porque quem os lê e a ouve fica a saber mais!

Vida longa ao JN, ao DN, ao Jogo, ao Dinheiro Vivo e à TSF!, e para quem nestes trabalha!

Vítor Colaço Santos, São João das Lampas

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