Carvalhal e a intervenção de Salvador junto do plantel: «O que posso dizer é que a equipa sentiu a derrota»

2 horas atrás 22

Derrotado na Liga Europa na última quarta-feira, o Sp. Braga tenta regressar este domingo aos triunfos na receção ao Farense. Na antevisão ao duelo com os algarvios, Carlos Carvalhal não desmentiu o ‘puxão de orelhas’ de António Salvador ao plantel, após o desaire com o Bodo/Glimt, e iniciou a conferência de imprensa a fazer um pedido aos adeptos.

Carvalhal inicia a conferência a lançar repto aos adeptos…
"Gostava de lançar um repto do grupo de trabalho aos associados que vierem ver o jogo. A equipa tem demonstrado aqui e ali alguma imaturidade, sentiu a injustiça do resultado, pois fizeram tudo para o ganhar. Muitos jogadores têm 18 ou 19 anos e coloquem-se na sua pele, é importante dar-lhes um contexto favorável. Queremos ter uma tarde à Sp. Braga e todos gostaríamos de vencer o jogo. No final, se não gostarem do que viram, aí sim que se manifestem. Estamos numa fase importante da época, precisamos de confiança e queremos atacar todas as competições com força. Temos muita vontade de dar alegrias aos adeptos." 

Receção ao Farense
"Jogo de campeonato, não há jogos fáceis, uma equipa que mudou de treinador, vem de três resultados positivos, que se afigura difícil e a palavra de ordem é foco."  

Como está a equipa depois da intervenção do presidente António Salvador e qual o posicionamento do treinador?  
"Não vou responder sobre coisas do foro interno do clube. O que posso dizer é que a equipa sentiu a derrota e, fundamentalmente, a injustiça do resultado. Fizemos muito, tivemos 20 oportunidades de golo e, de 11 contra 10, tivemos quatro claras oportunidades. A equipa fez muito, mas não fez o suficiente porque cometeu erros e eles têm de ser colmatados."

Significa então que o onze está salvaguardado?
"Não está, nem estaria. Não entro muito nessa onda. O Farense tem jogadores diferentes, temos de avaliar os nossos jogadores."

Falta os jogadores experientes estarem a um melhor nível, como por exemplo Ricardo Horta?  
"Tenho falado da juventude, mas a imaturidade não tem a ver com juventude. No geral, os jogadores podem fazer ainda melhor, falamos do Ricardo, que não tem feito golos, mas é capitão de equipa, exemplo de abnegação, o que mais corre, acaba o jogo com mais de 12 quilómetros. Dá muito a equipa e é uma questão de confiança. Amanhã acredito piamente que vai marcar."  

Não são assim tantos jogadores jovens… Há uma falta de atitude também?
"Permitam-me discordar, porque a equipa tem muitos jogadores jovens que não conhecem bem o campeonato, mas isso não é desculpa para nada. Falta de atitude? Se se falar disso, falo do jogo com o Olympiacos em que a atitude competitiva não foi a melhor. Agora, com o Bodo/Glimt e com o FC Porto não tem a ver com atitude. Houve situações que marcam fortemente o jogo, que é o foco: situações muito particulares que são muito difíceis de trabalhar, [mas] temos que acabar com estas situações. Queremos mais foco, atenção, concentração e entreajuda entre os jogadores. Vamos dar uma boa resposta amanhã, com certeza.

Zalazar não deve jogar mais adiantado no terreno?  
"O jogo tinha dois momentos importantes, para circular a bola e havia a intenção de manietar a dinâmica ofensiva. Podemos meter dois trincos ou outros como Moutinho e Zalazar, que cumprem na parte defensiva e tornem a equipa ofensiva com Zalazar a avançar. Não rematou à baliza? Também temos de compreender que vem de lesão."

Ler artigo completo