Casamento De Rossi/Roma dá frutos também na Europa

6 meses atrás 58

A ideia de trazer ídolos dos adeptos para os bancos de suplentes é atrativa. Já se viu em vários clubes, mas, mais importante, nem sempre funciona bem. A Roma «cedeu» à atração de ir buscar Daniele De Rossi para substituir José Mourinho, quando este estava livre, depois de uma passagem sem sucesso pela SPAL 2013. Ora, ao fim de 16 jogos (e são só isso, 16 jogos) a aposta está a correr bem. A equipa aproximou-se dos lugares de acesso à Liga dos Campeões, na Série A, e, esta quinta-feira, foi ganhar (0-1) à casa do Milan, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa.

Uma das imagens de marca desta «nova» Roma é a forte defesa e, pelo quarto jogo seguido, a equipa da capital italiana ficou com a baliza a zeros, numa partida em que soube secar o jogo ofensivo do Milan. Uma das formas mais fáceis de comprovar a boa exibição defensiva dos romanos prende-se com a nulidade que foi o jogo de Rafael Leão.

A Roma marcou ainda dentro dos primeiros 20 minutos, mas, antes disso, há que falar do primeiro episódio da série Tijjani Reijnders VS Mile Svilar. Neste primeiro episódio ficou-se logo a perceber o rumo da série. O neerlandês apareceu com espaço à entrada da área, rematou forte e o guarda-redes mergulhou para evitar o primeiro golo. Esse primeiro golo viria pouco depois desse lance, com Gianluca Mancin a responder de cabeça a um canto de Dybala.

Apesar do Milan ter crescido depois do golo adversário, até foi a Roma a ficar perto do 0-2, valendo os milaneses a inspiração de Mike Maignan a negar o golo de Stephan El Shaarawy. Até ao intervalo ainda se viria a assisitir ao segundo episódio da série que foi descrita em cima e, tal como no primeiro capítulo, o guarda-redes venceu.

A segunda parte não foi muito diferente da primeira. O Milan dominava, mas era a Roma a sair com perigo nos contra-ataques. Porém, é preciso reconhecer que a equipa de Milão foi melhorando à medida que foi fazendo alterações. A entrada de Yacine Adli trouxe intensidade e as entradas de Samuel Chukwueze e Noah Okafor trouxeram perigo.

Essas melhorias resultaram em oportunidades e, imagine-se, em mais dois duelos entre Reijnders e Svilar. Mais dois remates à entrada da área e mais duas defesas, sendo que a primeira, aos 75 minutos, foi de um brilhantismo assinalável. Pelo meio, o antigo guarda-redes do Benfica ainda teve de fazer um desvio da sua rivalidade com Reijnders para negar um golo a Adli que, com um cruzamento/remate, quase fez o empate.

A Roma segurou a reta final do Milan e vai para a segunda-mão com uma importante vantagem, especialmente quando recordamos o que foi dito em cima...são já quatro os jogos sem sofrer golos.

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