Caso das gémeas: “É bom saber que não houve tratamento de favor”, destaca Marques Mendes

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“É bom saber que não houve tratamento de favor”, sublinhou Marques Mendes que considerou no entanto que “o facto de ter havido um contacto da secretaria de Estado da Saúde não é brilhante”, referindo-se à eventual intervenção de Lacerda Sales.

Luís Marques Mendes saudou este domingo as conclusões da auditoria do Hospital de Santa Maria relativa ao designado “caso das gémeas” e considerou que “é bom saber que não houve tratamento de favor”.

No espaço de comentário na SIC, o antigo líder do PSD destacou que a auditoria “chega à conclusão que não houve tratamento de favor àquelas duas crianças. Por três razões: as regras clínicas foram respeitadas, era justificada a administração do medicamento e porque as crianças não passaram à frente de ninguém”, detalhou.

“É bom saber que não houve tratamento de favor”, sublinhou Marques Mendes que considerou no entanto que “o facto de ter havido um contacto da secretaria de Estado da Saúde não é brilhante”, referindo-se à eventual intervenção de Lacerda Sales.

Sobre a polémica que poderia envolver a Ordem dos Médicos sobre uma eventual participação da Ordem tendo Lacerda Sales como alvo: “Se houvesse participação seria insólito, absurdo e grave porque a Ordem não tem tutela sobre membros do Governo, isto não é um ato médico, é um ato político. O bastonário clarificou e bem mas chamaria a atenção das ordens para terem cuidado com as iniciativas que tomam”.

O caso das duas gémeas residentes no Brasil, que entretanto adquiriram nacionalidade portuguesa e vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, com um custo total de quatro milhões de euros, foi divulgado pela TVI, em novembro.

Marcelo Rebelo de Sousa, que já entregou documentação à PGR sobre o assunto e confirmou que o seu filho Nuno Rebelo de Sousa o contactou sobre a necessidade de tratamento das crianças, negou ter tido qualquer intervenção no processo.

O caso está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

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