Caso do assassinato do pai de Michael Jordan pode sofrer reviravolta 28 anos depois

2 horas atrás 24

O caso do assassinato do pai de Michael Jordan, há mais de trinta anos, pode vir agora a sofrer uma reviravolta de cento e oitenta graus. Gregory Weeks, o juiz que condenou dois jovens a prisão perpétua, há 28 anos, veio agora a público pedir a libertação de um deles por acreditar que não existem provas que demonstrem a sua participação no crime ocorrido em 1993.

Daniel Green e Larry Demery foram condenados, em 1996, a prisão perpétua, depois de se acusarem mutuamente pelo assassinato de James Jordan, pai de Michael Jordan, mas Green clamou sempre pela sua inocência. Demery, no depoimento que fez em tribunal, contou que ele e Green estavam a preparar um assalto a um motel quando viram um carro que lhes chamou a atenção.

De acordo com o relato de Demery, os dois larápios tentaram abrir o carro, quando repararam que James Jordan estava no interior a dormir e acabaram por o assassinar a tiro. Só quando foram ver os documentos é que perceberam que se tratava do pai de Michael Jordan e procuraram esconder o corpo num bosque ali perto.

A versão de Daniel Green, que na altura dos factos tinha apenas 18 anos, é bem diferente. Segundo ele, os dois amigos de infância estavam num churrasco quando Demery saiu para uma transação de estupefacientes e, quando regressou, pediu ajuda a Green para esconder o corpo. Green garante que foi apenas cúmplice na tentativa de esconder o corpo, mas não assistiu ao assassinato de James Jordan.

Gregory Weeks, o juiz que condenou os dois jovens, deslocou-se na passada terça-feira a uma comissão da procuradoria da Carolina do Norte para solicitar a libertação de Green, alegando que os exames forenses realizados ao carro de James Jordan tiveram um resultado negativo ou inconclusivo em relação à presença de sangue de Green, mas esse facto foi omitido durante o julgamento realizado em 1996.

Um pormenor que atormentou Weeks ao longo dos últimos 28 anos, mas para Green, preso há 28 anos, trata-se de uma nova esperança. «O facto de que o juiz que liderou meu julgamento pedir agora a minha liberdade condicional é significativo. Isso diz bastante sobre o caso e eu estou extremamente grato», referiu Green, em entrevista ao canal ABC News.

Atualmente, Daniel Green, com 48 anos, continua a cumprir a sentença no Instituto Correcional de Harnett County, em Lillington, na Carolina do Norte, mas o caso pode vir a ser reaberto em breve.

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