CDS-PP recomenda ao Governo reforço da oferta de cuidados paliativos​

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20 set, 2024 - 14:32 • Manuela Pires , Daniela Espírito Santo

Grupo parlamentar apresenta projeto de resolução para recomendar ao Governo o "reforço efetivo da oferta de cuidados paliativos através do SNS ou através de acordos com os setores social e privado".

O grupo parlamentar do CDS-PP apresentou um projeto de resolução onde recomenda ao Governo o reforço da oferta de cuidados paliativo.

Num documento a que a Renascença teve acesso esta sexta-feira, o grupo parlamentar dos centristas explica os motivos da resolução e pede que a Assembleia da República "recomende ao Governo" o "reforço efetivo da oferta de cuidados paliativos através do SNS ou através de acordos com os setores social e privado", para "assegurar estes cuidados a todos os doentes indicados".

"Ao longo de 50 anos de história, o CDS-PP manteve-se firme na defesa da vida humana", começa por dizer o texto, com o partido a defender que é preciso "apoiar as pessoas em final de vida e suas famílias", citando dados recentes da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos.

"Apenas 30% dos 100 000 doentes anuais com necessidade de cuidados paliativos chegam a receber apoio de equipas especializadas, o que significa que os restantes 70% dos portugueses não tem hoje acesso a cuidados paliativos no final da sua vida", lamenta o texto, assinado por Paulo Núncio e João Pinho de Almeida.

A estes números juntam-se outros, da Entidade Reguladora da Saúde, que admite que "50% dos doentes indicados para os cuidados paliativos no ano de 2023 acabaram por morrer antes de se terem aberto vagas para os tratar". Estes números abrangem também crianças: todos os anos cerca de oito mil crianças precisam de cuidados paliativos e, diz o partido, 85% destas acabam por morrer sem ter "recebido os cuidados paliativos que careciam".

"Os dados são claros e preocupantes. Existe uma carência extrema na resposta aos doentes mais vulneráveis", lamenta o partido, que acredita que reforçar a rede existente, que "não tem capacidade de resposta aos utentes" e apresenta "insuficiências significativas", deve ser "uma prioridade para todos e um compromisso de uma sociedade mais inclusiva, moderna e solidária".

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