Escrevia o João Diogo Correia, nas páginas da edição em papel do Expressoda passada sexta-feira, que no PSD há quem tenha dúvidas sobre a utilidade de uma coligação pré-eleitoral com o CDS. “O que é que vale o CDS?”, perguntam uns. “É como ressuscitar um morto”, atiram outros.
Vou focar-me nesta última frase, ironicamente destinada a um partido que se afirma herdeiro da democracia-cristã. Em primeiro lugar, parece-me sobejamente exagerado afirmar que o CDS está morto. Pode estar moribundo, mas não está ainda morto, e isso comprova-se no papel que ainda desempenha a nível europeu, local e regional. Contudo, sim, temos de reconhecer que uma grande parte desta sobrevivência se deve ao facto de estar ligado às máquinas. A uma em particular: o PSD.