Centeno elogia evolução do mercado de trabalho e impacto na economia

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“Os salários pagos em Portugal hoje estão nos níveis mais altos de sempre”, afirmou o governador do Banco de Portugal, elogiando ainda o “esforço monumental” que os jovens da geração com mais qualificações da história nacional para se manterem no país.

Mário Centeno elogiou o mercado laboral pelo impacto que tem tido na sustentação do crescimento nacional e do rendimento dos portugueses, indicando que os salários estão no nível mais alto de sempre e sublinhando o esforço que os jovens nacionais têm feito para permanecerem no país.

O governador do Banco de Portugal (BdP) aproveitou a conferência de imprensa a propósito da divulgação do Boletim Económico de dezembro, realizada esta sexta-feira, para destacar a evolução assinalável do mercado de trabalho, que se encontra em máximos de emprego e salários.

“Os salários pagos em Portugal hoje estão nos níveis mais altos de sempre”, afirmou, isto antes de sublinhar que o mesmo cenário se verifica no emprego, também em máximos. Apesar de tal espelhar um pouco a situação generalizada na zona euro, onde o emprego tem sido a nota mais positiva e uma fonte de estabilidade face às dificuldades do último ano, Mário Centeno não poupou nos elogios à resistência do mercado laboral.

Um dos fortes contributos para esta evolução tem vindo dos jovens. Apesar das dúvidas quanto à capacidade do mercado de trabalho de absorver a ‘geração mais qualificada de sempre’, os dados apontam no sentido contrário, levando o governador do BdP a elogiar o “esforço monumental” dos jovens para se manterem no país, visto como “único em 900 anos de história”.

Ainda assim, demorará a que a procura por trabalho, ou seja, as empresas se adaptem completamente a este incremento de competências, pedindo o governador “paciência para que a economia funcione e os empregos sejam criados”, porque é “um processo que leva tempo”.

“O mercado de trabalho leva tempo a ajustar-se, não conheço nenhum episódio no mundo em que tenha sido a procura de trabalho a aumentar as qualificações. […] As empresas vão atrás dessas qualificações”, explicou.

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