Certame de atração Maxime

7 meses atrás 94

O Gil Vicente angariou a segunda vitória consecutiva para a Liga Betlic. Na receção ao Vitória SC para mais uma edição deste dérbi do Minho, a formação de Barcelos selou o triunfo na reta final da partida (1-0), a partir de um lance de perfeito entendimento entre Murilo e Maxime Domínguez. Acabou por ser a atração máxima, num espetáculo das bancadas ao relvado.

Com duas alterações operadas por Vítor Campelos em relação ao triunfo ante o Portimonense - Gabriel Pereira e Jesús Castillo renderam Felipe Silva e Mory Gbane - na equipa gilista e uma mexida promovida por Álvaro Pacheco em comparação com o triunfo frente ao Estrela da Amadora - Zé Carlos rendeu Tiago Silva -, os primeiros minutos foram de grande equilíbrio de forças.

Zé Carlos e Fujimoto bem tentaram encontrar soluções ofensivas @Kapta+

A querer aumentar para dez os jogos sem perder, o Vitória demostrou-se a equipa mais preocupada em ligar-se ofensivamente, ainda que, do lado gilista, tal postura tenha sido também adotada. Se nas bancadas o espetáculo aquecia a bom ritmo - notável afluência forasteira, bela resposta dos da casa -, foi de um passe mal medido pela defensiva barcelense que nasceu o primeiro lance de suspense.

Sem hesitar, Nuno Santos arrancou a todo o vapor sobre a meia direita e serviu Jota Silva, numa fórmula que já começa a ser imagem de marca desta equipa.

O gesto técnico foi ao nível dos melhores, mas, na baliza, outro dos melhores do nosso campeonato, Andrew, sobressaiu com uma defesa de cortar a respiração. O lance animou momentaneamente a partida e, logo a seguir, Jorge Fernandes ficou a centímetros de ver o seu cabeceamento levar a melhor direção.

Após esses lances, o Gil estabilizou - Castillo demonstrou-se essencial na cobertura defensiva -, equilibrou a balança e foi procurando a profundidade da nova referência móvel da equipa, Félix Correia. Apesar de muito entregue ao jogo, raras fora as situações em que o avançado emprestado pela Juventus levou a melhor. 

Contudo, até ao descanso, Fujimoto não deixou alternativa a Bruno Varela que não a bela mancha efetuada, na melhor jogada dos anfitriões até então. De resto, esse lance marcou a tendência ascendente levada a cabo por Maxime, Zé Carlos e companhia, algo que o Vitória procurou contrariar com a tentativas de contragolpe. Sem direito a muitas tentativas, sobressaiu o remate por alto de Ricardo Mangas, numa fase de retoma vitoriana.

Emoção crescente, festa do Gil Vicente

No reatar, a pressão forasteira sobre o último terço gilista foi a realidade mais evidente, proporcionando várias aproximações à baliza de Andrew. Do outro lado, Fujimoto voltou a avisar, agora de meia distância e, coincidência ou não, o Gil voltou a soltar-se das amarras.

De tal forma que o golo ficou perto de acontecer, pouco depois da hora de jogo. Na sequência de uma infiltração na área por parte de Martim Neto, surgiu Murilo no coração da grande área com um remate que esbarrou no poste. Recuperado do susto, foi o Vitória a responder: João Mendes surgiu com espaço, mas não conseguiu uma entrada de sonho em campo ao atirar por cima.

Nelson Oliveira estreou-se de Rei ao peito @Kapta+

Depois, a partida começou a partir e o espaço que daí adveio trouxe ocasiões a uma bela cadência. Murilo picou por muito pouco à malha lateral da baliza de Varela, Jota Silva atirou para defesa atenta de Andrew, com o recém-entrado, Felipe Silva, a ficar a uma nesga do tento de cabeça.

Com tanta insistência, o tento acabaria mesmo por surgir: Murilo livrou-se da marcação de forma esguia e picou a papel químico para a cabeçada vitoriosa de Maxime Domínguez. Pela primeira vez na partida, os adeptos dos Galos sobrepunha-se ao maravilhoso suporte sonoro vitoriano, algo que iria manter até ao derradeiro apito.

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