CFP considera projeções macro do Governo entre 2015 e 2022 “prudentes”

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“Os testes realizados permitem concluir que as previsões do MF poderão ser consideradas prudentes, não obstante ser necessária uma amostra mais extensa que permita a obtenção de conclusões mais robustas”, lê-se no relatório de ‘Avaliação das previsões macroeconómicas e orçamentais do Ministério das Finanças’.

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) considera as previsões macro do Governo nas propostas orçamentais entre 2015 e 2022 foram, em geral, prudentes, embora com alguns desvios nas previsões do emprego e da despesa total, incluindo juros.

O organismo liderado por Nazaré da Costa Cabral retifica que a amostra é bastante pequena, dado o período de apenas sete anos, pelo que alguns dos resultados perdem parte da relevância estatística. O ano de 2020 foi excluído devido ao impacto da pandemia de Covid-19 e à distorção que criaria na amostra.

Como tal, “os testes realizados permitem concluir que as previsões do MF poderão ser consideradas prudentes, não obstante ser necessária uma amostra mais extensa que permita a obtenção de conclusões mais robustas”, lê-se no relatório de ‘Avaliação das previsões macroeconómicas e orçamentais do Ministério das Finanças’ divulgado esta quarta-feira.

O crescimento do emprego e o rácio da despesa total, incluindo juros, em função do PIB foram os dois indicadores onde se verificou maior enviesamento das projeções, ao passo que as previsões para o emprego também mostram uma ausência de correlação, isto numa análise real-time.

Realizando a análise com dados finais, as previsões para a evolução do PIB real e nominal também passam a ser consideradas enviesadas para níveis de confiança de 1% e 5%, respetivamente. No que respeita às componentes do PIB, o CFP estima que estas sejam, na sua maioria, subestimadas, com a exceção a ser o investimento (formação bruta de capital fixo), que tende a ser sobrestimado.

A dívida pública também tem sido projetada acima do verificado, com o CFP a destacar os erros nas projeções da receita do Estado. “Neste último caso, o erro absoluto médio é aproximadamente oito vezes superior ao erro médio, sugerindo uma maior volatilidade dos desvios das previsões desta variável”, lê-se no relatório.

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