CGTP exige aumento geral das pensões

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A confederação de sindicatos refere que em 2023 existiam 1,5 milhões de pensionistas por velhice em Portugal, sendo que quase dois terços das mulheres e 38% dos homens não recebiam mais de 600 euros mensais.

A CGTP exige, com grande urgência, o aumento geral das pensões e a dinamização da luta em defesa de pensões dignas, assim como a reposição da idade da reforma para os 65 anos.

Em comunicado, a confederação de sindicatos refere que em 2023 existiam 1,5 milhões de pensionistas por velhice em Portugal, sendo que quase dois terços das mulheres e 38% dos homens não recebiam mais de 600 euros mensais.

Em dezembro de 2022 o valor médio de pensão de velhice era de 520 euros, o de pensão de invalidez de 414 euros e o de pensão de sobrevivência de 269 euros. No mesmo ano, dois terços das pensões de velhice e invalidez tinham um valor de 443,20 euros, valor inferior ao limiar de pobreza.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor das pensões varia com o nível de escolaridade, sendo que 90% dos pensionistas que recebiam até 600 euros tinham no máximo o 9ºano.

A CGTP salienta que “cerca de metade dos pensionistas que continuam a trabalhar fá-lo por questões financeiras, ou seja, mais de 70 mil pensionistas dos 50 e os 74 anos trabalhavam por necessidades financeiras”.

Mais de dois terços dos pensionistas deixaram de trabalhar depois de receberem a primeira pensão, sendo que mais de metade dos beneficiários de pensão de velhice estatuária receberam a primeira pensão sem qualquer bonificação ou penalização.

Já 39% reformaram-se antecipadamente com penalização no valor da pensão e 5% viram o valor bonificado por terem adiado a idade da reforma. A maioria dos pensionistas com redução de valor por antecipação da idade de reforma, foram maioritariamente mulheres.

Perante esta situação a CGTP afirma que “a grande exigência que atualmente se coloca é o aumento geral das pensões, e a dinamização da luta em defesa de pensões dignas e de outros importantes direitos sociais que garantam qualidade de vida a todos os pensionistas, autonomia económica e social, bem como a intervenção em defesa do Sistema Público de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde”.

Para tal a organização vai lutar pela “valorização das pensões de reforma e repor o poder de compra perdido”, pelo “direito a envelhecer com direitos” e em “repor a idade de reforma aos 65 anos, salvaguardando os regimes mais favoráveis e o direito à reforma antecipada voluntária”.

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