Paulo Rangel, primeiro-ministro em substituição de Luís Montenegro, admite que Aliança Democrática está focada em medidas estruturais com “responsabilidade orçamental”.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro nas férias de Luís Montenegro revelou que o cheque único a ser atribuído aos pensionistas no próximo mês de outubro terá um custo de 400 milhões de euros, “talvez um pouco mais”.
Nas estimativas do Governo, Paulo Rangel atirou que o cheque único deverá chegar a cerca de 2,4 milhões de pensionistas.
O governante admitiu que se trata de “uma medida fundamental de apoio” à população e que “não compreendo como há tanta gente incomodada com uma medida social que revela responsabilidade orçamental”, referindo-se às críticas das associações de reformados e pensionistas e ainda dos partidos da oposição.
“Partidos que se dizem os grandes defensores do Estado Social estão contra este apoio e a tentar desvalorizá-lo. Estamos a reformar o país e fazer reformas estruturais”. Sobre ser um apoio único de 100 e 200 euros, Paulo Rangel atira que a medida “revela responsabilidade orçamental, porque a diferença é que temos sensibilidade social com responsabilidade orçamental”.
“As medidas sociais não deviam incomodar o PS”, anuiu Paulo Rangel.
Ainda sobre as restantes medidas, o ministro adiantou que o passe ferroviário é “uma medida estrutural” que representa “sustentabilidade ambiental e responsabilidade social”. Também sobre as críticas aos cursos de Medicina previstos para a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e em Évora, Paulo Rangel explicou que o “Governo não está a trabalhar para o dia de amanhã”, mas sim para todos os dias depois e para um futuro melhor.
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