China anuncia medidas para apoiar mercado imobiliário em dificuldades

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o ministro da Habitação, Ni Hong, anunciou que as autoridades vão “aumentar a escala de crédito dos projetos da lista branca para 4.000 milhões de yuan” (517 mil milhões de euros) até ao final de 2024.

A surveillance camera is silhouetted behind a Chinese national flag in Beijing, China, November 3, 2022. REUTERS/Thomas Peter/File Photo

A China anunciou hoje que vai aumentar o crédito disponível para o setor imobiliário e fornecer apoios para a renovação de um milhão de casas, parte de uma série de medidas destinadas a impulsionar a economia.

Os setores da habitação e da construção representam mais de um quarto do PIB da segunda maior economia do mundo, mas desde 2020 que sofrem com o apertar das condições de crédito para os promotores imobiliários por parte de Pequim, o que colocou algumas grandes construtoras à beira da falência e fez com que os preços das casas caíssem a pique.

As autoridades continuam a contar com um crescimento de “cerca de 5%” este ano, mas os analistas consideram este objetivo otimista, tendo em conta os muitos obstáculos que a segunda maior economia do mundo enfrenta atualmente.

Numa conferência de imprensa em Pequim, o ministro da Habitação, Ni Hong, anunciou que as autoridades vão “aumentar a escala de crédito dos projetos da lista branca para 4.000 milhões de yuan” (517 mil milhões de euros) até ao final de 2024.

O sistema de “lista branca”, anunciado no início do ano, é um mecanismo através do qual os municípios recomendam projetos imobiliários aos bancos para financiamento prioritário.

Ni Hong acrescentou que “um milhão de casas degradadas, localizadas em aldeias urbanas, serão renovadas” graças à reestruturação do financiamento.

“As aldeias urbanas apresentam muitos riscos de segurança e más condições de vida. As pessoas estão ansiosas por renovar”, explicou.

O conceito de aldeias urbanas na China consiste em aldeamentos antigos, que subsistiram em áreas que foram urbanizadas nas últimas décadas.

No mês passado, os dirigentes chineses, incluindo o líder Xi Jinping, reconheceram novos “problemas” para a segunda maior economia do mundo e revelaram um dos maiores pacotes de medidas de estímulo desde há vários anos.

As medidas incluem reduções das taxas de juro, nomeadamente dos empréstimos à habitação existentes, e a flexibilização das restrições à aquisição de habitação.

Na conferência de imprensa de hoje, as autoridades afirmaram que as taxas dos empréstimos hipotecários existentes “baixarão em média cerca de 0,5 pontos percentuais” no âmbito das reduções.

Isto “beneficiará 50 milhões de famílias e 150 milhões de pessoas”, disse Tao Ling, vice-governador do banco central da China.

Estimular a procura de habitação é uma das prioridades das autoridades para garantir uma recuperação sustentável.

Nas últimas semanas, algumas das principais cidades do país, como Pequim, Xangai (leste), Chengdu (sudoeste) e Tianjin (norte), reduziram as restrições à compra de imóveis.

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