China e Itália aprofundam relações evocando Marco Polo e a “Rota da Seda”

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Quando se assinala o 20.º aniversário da “Parceria estratégica abrangente entre a China e a Itália”, a Primeira-Ministra italiana, Giorgia Meloni, foi recebida em Pequim pelo Presidente chinês, Xi Jinping. Nos diálogos mantidos, os dois líderes coincidiram na alusão ao “Espírito da Rota da Seda”, baseado na “cooperação pacífica, abertura, inclusão, aprendizagem e benefícios mútuos”, considerando que tal constitui uma riqueza comum de ambos os países, com uma tradição secular.

Recorde-se que a Itália desempenhou um papel único nas relações entre a China e o Ocidente, com uma História de mais de 700 anos, que remonta à antiga “Rota da Seda”, na época em que o célebre navegador Marco Polo abriu uma janela da China para o mundo ocidental, tornando-se famoso na China e um símbolo de amizade.

As relações sino-italianas têm mantido uma evolução geralmente estável, sendo a China o maior parceiro comercial da Itália na Ásia. O volume comercial entre os dois países ultrapassou 70 mil milhões de dólares (cerca de 64 mil milhões de euros) em três anos consecutivos. Atualmente, mais de 1.600 empresas italianas estão a operar na China. Os produtos italianos – sobretudo vestuário, produtos alimentares e automóveis – têm grande procura na China.

Numa altura em que o PCC (Partido Comunista da China) acaba de aprovar o aprofundamento da reforma do País e a ampliação da sua abertura ao exterior, os dirigentes dos dois países acordaram na colaboração sino-italiana em áreas emergentes, como a inovação científica e tecnológica, os automóveis elétricos e a inteligência artificial (IA).

Os dirigentes chineses sublinharam que recebem com agrado o investimento das empresas italianas e que querem importar mais produtos italianos de boa qualidade, esperando que a Itália proporcione “um ambiente de negócios justo, transparente, seguro e sem discriminação para as empresas chinesas”. Os responsáveis italianos, por seu turno, exprimiram uma oposição clara à desvinculação e ao protecionismo, desejando desempenhar um papel positivo para o desenvolvimento das relações China-Europa.

Foi revelado que este ano, os dois países organizarão atividades conjuntas para comemorar o 700.º aniversário da morte de Marco Polo; e que a China apoia o facto de a Itália acolher os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026. E sublinhado que “estas iniciativas promoverão a compreensão mútua entre as civilizações chinesa e italiana e melhorarão a comunicação entre os dois países”.

Foi ainda referido que “enquanto membros das Nações Unidas e do G-20, mas também seguindo o histórico ‘espírito da Rota da Seda’ adaptado à realidade atual, tanto a China como a Itália defendem o multilateralismo e a abertura e estão empenhadas no desenvolvimento da comunidade internacional, com os benefícios daí resultantes para a Europa e para o Mundo”.

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