China pede "punição severa" para assassinos de cidadão seu nas Filipinas

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A embaixada chinesa em Manila afirmou ter sido informada de que o cidadão chinês foi raptado nas Filipinas e ajudou a família a comunicar o caso ao Gabinete Contra Sequestro da Polícia Nacional das Filipinas.

Também interveio através dos canais diplomáticos para pedir um resgate e que fossem tomadas medidas para garantir a segurança da pessoa, de acordo com um comunicado da embaixada difundido hoje.

Mas o cidadão chinês acabou por ser morto, juntamente com um sino-americano que também foi raptado, revelou a embaixada.

Nenhuma das vítimas foi identificada e as autoridades das Filipinas não comentaram o incidente.

"Exortamos as Filipinas a intensificar os esforços para investigar o caso, capturar e punir severamente os assassinos o mais rápido possível", disse a embaixada da China.

Uma das vítimas era diretor de marketing internacional da empresa Raimed Medical Limited, cotada na Bolsa de Valores de Hong Kong, e a outra trabalhava como distribuidor de uma empresa de dispositivos médicos cardiovasculares, informou o jornal chinês Yicai Global.

As duas pessoas viajaram juntas para as Filipinas numa viagem de negócios por volta de 20 de junho e foram mortas a 24 de junho, depois de a família de uma das vítimas ter pago um resgate de 3 milhões de yuan (385.000 euros), segundo a imprensa chinesa.

Na segunda-feira, o embaixador da China nas Filipinas, Huang Xilian, reuniu-se com o Secretário Executivo das Filipinas, Lucas Bersamin, que é também presidente da Comissão Presidencial de Combate ao Crime Organizado, para discutir os esforços conjuntos de combate aos raptos e homicídios, à fraude nas telecomunicações, ao tráfico de seres humanos e aos crimes relacionados com a indústria do jogo nas Filipinas.

Acordaram em reforçar a cooperação em matéria de aplicação da lei para combater os crimes transnacionais e aumentar a proteção das pessoas e dos bens em ambos os países.

Nos últimos anos, registaram-se vários casos de cidadãos chineses raptados nas Filipinas, a maioria dos quais relacionados com jogos de azar ilegais e fraudes no setor das telecomunicações e da Internet.

No mês passado, quatro agentes da polícia afetos à região da capital das Filipinas foram detidos por terem raptado três chineses e um turista malaio para obterem um resgate.

Em 2023, seis cidadãos chineses foram raptados da sua casa em Manila e quatro foram mortos, segundo a polícia filipina.

De acordo com as autoridades, nos 20 casos de rapto registados desde janeiro do ano passado, a maioria das vítimas eram chineses.

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