Continua suspensa a cirurgia oncológica da mama em 7 unidades locais de saúde no país, a maioria em hospitais do interior. O grupo parlamentar do PSD já questionou a ministra da Saúde sobre o assunto que será um dos dossiers do novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A decisão de suspender a cirurgia oncológica da mama foi anunciada em fevereiro pela direção executiva de Fernando Araújo. A decisão foi tomada por consideraram que nem todos os hospitais tinham experiência suficiente para a realização desta cirurgia.
As sete unidades locais de saúde afetadas por esta suspensão são as da Guarda, de Castelo Branco, do Baixo Mondego, do Oeste, Barcelos/Esposende e a Unidade Local de Saúde do Nordeste.
Na Beira Interior, só o hospital da Covilhã é que fazia a cirurgia oncológica, mas também deixou de fazer. Na Guarda e Castelo Branco, os hospitais faziam o encaminhamento dos utentes para o hospital de referência, Coimbra.
Preocupados com a situação, os deputados do PSD na Assembleia da República questionaram a ministra da Saúde sobre a situação via requerimento. Ana Paula Martins ainda não respondeu, mas já se sabe que o dossier acabará nas mãos de António Gandra de Almeida, a quem caberá também nomear as administrações nos hospitais da beira Interior.
Ontem na Comissão de Saúde, Fernando Araújo evidenciou a falha.
"Nós, a partir de 10 de março, não nomeamos mais ninguém porque achamos que não havia um quadro claro para esse fim", um quadro "com um comportamento ético e adequado para estarmos a nomear pessoas para funções de três anos quando não sabíamos quem vinha a seguir".Na Guarda, o atual conselho de administração ultrapassou em 18 meses a comissão de serviço e na Covilhã, o atual presidente ultrapassou até o limite de idade para estar na função.