O líder do Chega, André Ventura, pediu "desculpa" às forças de segurança, esta quinta-feira, no Parlamento, ao falar sobre o caso de Cláudia Simões, condenada a pena suspensa por um crime de ofensa à integridade física e qualificada por morder o agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) Carlos Canha, absolvido em tribunal.
"Na semana passada, a polícia foi absolvida pela agressão", disse André Ventura, na abertura do debate requerido pela Chega sobre atribuição de suplementos de missão às forças de segurança.
"Ouviram aqui alguém levantar-se para dizer 'polícias de Portugal desculpem, porque sempre que uma minoria é atacada nós achamos que é racismo ou que é abuso de poder ou que é uso excessivo da força. Polícias desculpem'. Então, se o Parlamento não tem coragem para pedir desculpa, eu quero pedir dirigir-me aos polícias do país inteiro, a todos, e em nome destaca casa, pedir-lhes desculpa pelo que lhes fizemos nas últimas décadas", acrescentou.
André Ventura tinha iniciado a sua intervenção com críticas ao Partido Socialista (PS), especificamente ao secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.
"Começar este debate recordando o secretário-geral do PS, que apontou o fracasso das negociações com os polícias. É preciso não ter nenhuma vergonha daquilo que aconteceu em Portugal nos últimos anos, é preciso não ter nenhum pingo de decência em relação a este tema", criticou.
[Notícia em atualização]