Coach, mentor, orientador ou guia: se o nome não importa, o que importa?

7 meses atrás 69

O que importa, verdadeiramente, é ter presente que não estamos sós no mundo. Se bem que estamos com a nossa própria consciência, e ela tende a dizer-nos o que é correto para nós a cada instante, não é menos verdade que os pensamentos e sensações nos deixam em dilemas e ambiguidades. Mais frequentemente do que gostaríamos, surgem sensações de medo e insegurança, misturados com dúvidas sobre a própria capacidade em tomar ou escolher determinada opção.

Tudo isto surge na vida pessoal e no espaço profissional. Talvez seja mais frequente no meio profissional ainda que em termos pessoais o impacto seja mais intenso.
No trabalho, pela relação com a hierarquia, pela relação com os pares, pela função em si mesma ou a conjuntura da empresa a cada instante, é muito frequente ver o equilíbrio pessoal perturbado e com ele vêm as más decisões, as não decisões e as angústias das consequências em cada caso.

Na vida pessoal as perturbações podem acontecer com menos frequência, mas tendem a ser mais marcantes. Ou pelas questões materiais, relações com os pais, filhos ou amorosas, quando surge a perturbação ela pode originar um sofrimento que se estende por horas e dias. Tende mesmo a condicionar os comportamentos seguintes e a gerar um sofrimento interno latente.

Em ambos os contextos, importa lembrar que ninguém está só neste mundo e isso pode representar a essência da inteligência humana – a consciência de que se pode ser ajudado, apoiado, ter um suporte em lidar com os “perturbáveis da vida”.
Todos temos virtudes e debilidades a gerir e, por isso mesmo, é importante lembrar que fora de nós, algures, está quem nos pode ajudar a fazê-lo, se, condição necessária, quisermos encontrar essa ajuda. O que não desejamos, não encontramos.

Olhar para fora de si mesmo com a intenção de encontrar ajuda a viver de forma mais pacífica, apaziguada, confiante e com resultados práticos diários, é a forma de romper o paradigma dos próprios pensamentos. É a forma de deixar de andar em circuito fechado do “será, devo, não sou capaz, talvez seja, digo, não digo, como fazer, sim, não, etc., etc., etc.”. Os pensamentos surgem desgovernadamente na mente e originam infindáveis sensações no corpo, capazes de nos imobilizar ou nos deixar a andar desconfortáveis com o que surge.

Apesar da tensão que é gerir empresas, gerir equipas, ser diretor-geral, diretor de um departamento, ser uma chefia de topo, intermédia ou de terreno, o quotidiano deve ser prazeroso e motivador. Se não o é, há seguramente algo a fazer. Na vida pessoal é igualmente verdade, porque ninguém deve viver com a soma dos dias a resultar em infelicidade, tristeza, angústia ou simplesmente descontente com o que há.

Um coach, um mentor, um orientador, um guia, uma referência, é sempre uma pessoa que estará nas faculdades mentais e físicas de poder ajudar outro. É a sua missão profissional e deve ser buscada por esse outro. Sem medos, sem receios, sem tabus nem preconceitos. Custa dinheiro? Sim, custa, mas é o investimento a fazer na descoberta e potenciação das virtudes.

É certo que as empresas procurem organizar-se para que o profissional tenha condições de trabalho, informação, objetivos e formação porém, a realidade é que nem sempre é suficiente para gerar confiança e determinação em lidar com o que está pela frente, consequentemente. E, para as empresas, “no fim do dia”, o que importa são os resultados. Ou os há ou a empresa tende a ser cruel com os seus próprios profissionais.

Todos sabem que o seu dia pode chegar e só há uma forma de lidar com isso – “trabalhar isso mesmo”. Sem medos, sem receios, sem tabus, nem preconceitos.

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