"Eu desconhecia totalmente a sua situação, até à divulgação na comunicação social", afirmou a vereadora Ana Cortez Vaz, durante a reunião do executivo, após ter sido confrontada pela oposição sobre a condenação pelo Tribunal de Leiria de Fátima Gonçalves, sua adjunta, por burla qualificada, a uma pena suspensa de três anos e meio.
Segundo a vereadora, a sua adjunta já apresentou a demissão, realçando que os factos "remontam a 2014", não estando em causa quaisquer atos praticados desde que entrou, em 2021, no gabinete de apoio à vereação liderada por Ana Cortez Vaz.
"Considera ter condições para continuar a exercer o cargo de vereadora", perguntou a vereadora socialista Regina Bento, salientando "a gravidade do crime em que foi condenada" a sua adjunta.
A vereadora na oposição realçou ainda que Ana Cortez Vaz lidera alguns dos pelouros que representam "a maior fatia do orçamento municipal".
"Para a política ser efetivamente uma coisa séria há que retirar consequências. Precisa-se, urgentemente, de ética e integridade neste executivo", defendeu Regina Bento.
De acordo com o jornal local Notícias de Coimbra, Fátima Gonçalves, jurista, foi condenada a três anos e meio de pena de prisão suspensa, tendo sido punida por alegadamente se ter feito passar por solicitadora.
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