Colt reforça investimento em Portugal com expansão da conectividade

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O responsável pela Colt Portugal explicou aos jornalistas que o valor gerado pelo país é bastante mais superior àquele que a empresa apresenta de faturação.

A Colt Portugal conta com 20 anos de presença em Portugal e não pretende abandonar o país, estando a reforçar os seus investimentos, mostrando-se satisfeita com o negócio em território nacional.

A empresa possui mais de 115 milhões de euros em Portugal, um valor que inclui os 10 milhões de euros adicionados no ano passado. Segundo o country manager da Colt Technology Services em Portugal e VP Global Service Delivery, Carlos Jesus, os resultados líquidos aumentaram em 2,5 vezes, com as receitas a subirem 7% no ano passado.

Atualmente, a empresa soma três centros de competência, duas redes de área metropolitana e ligam 15 data centers. No total são 830 quilómetros de rede de fibra ótica disponibilizados a 777 edifícios e oito parques industriais um pouco pelas duas áreas metropolitanas.

Num almoço com jornalistas, a Colt Portugal revelou estar a investir na expansão do seu Global IP Transit Backbone, que tem uma oferta de IP Transit de banda larga de 400 Gbps em Lisboa. A Colt revelou ainda duas novas ligações aos centros de dados da AtlasEdge, em Carnaxide, e da Altice em Linda-a-Velha. Trata-se de um investimento de um milhão de euros inserido no presente ano.

Sobre o investimento efetuado no ano passado, que ascendeu então aos 10 milhões de euros, Carlos Jesus referiu ser uma “necessidade contínua”, até pela ligação a mais data centers. Objetivo para 2024 é “continuar a investir e a olhar para o mercado”.

Resultados da Colt para 2024?

A Colt Portugal pretende terminar o ano de forma positiva, embora Carlos Jesus admita aos jornalistas que o crescimento não será tão elevado quanto o do ano passado. “Manter a mesma linha [de resultados] seria ótimo, mas iremos continuar o crescimento dos resultados do último ano”, adiantando que “prevemos acabar 2024 com crescimento”.

O country manager explica ainda que o investimento em áreas de tecnologias tem sido essencial para o crescimento do mercado nacional, sendo que este tem sido muito impulsionado por empresas internacionais por conta dos cabos submarinos amarrados em Portugal.

Para já, o grupo não tem nenhum investimento a realizar em curto prazo.

Cabos submarinos são mais valia para Portugal

Com a aquisição da Lumen no ano passado, a Colt tem agora a possibilidade de instalação de um ponto de presença internacional de topo (tier 1), que vai permitir entregar, ainda este mês, as primeiras ligações com 100GB.

Carlos Jesus explica que os pontos de interligação, ou POP na gíria empresarial, eram comuns em outras cidades europeias, nomeada Londres, mas estes cabos submarinos amarrados em Portugal são uma mais valia para o território luso.

Nas palavras do responsável, a existência destas ligações em Portugal criam vantagem competitiva para o país no segmento das comunicações, visando ligações robustas para vários pontos no mundo e reduzindo a dependência de outros países”.

“Portugal vale o dobro do que a receita que apresenta”, adianta o country manager, o que explica o investimento consistente em território nacional. Isto é, o valor gerado pelo país é bastante mais superior àquele que a subsidiária portuguesa apresenta de faturação, especialmente por conta dos serviços prestados a clientes internacionais presentes em Portugal.

Apesar de apresentar receitas e crescimento de “single digit“, Carlos Jesus defende que “é injusto comparar Portugal com outras economias”, nomeadamente quando se tratam de economias maiores, como é o caso de Londres e Alemanha. Portugal tem “uma posição estratégica” e é importante para o grupo olhar para o país.

As ligações dos cabos submarinos estão em foco para a empresa, e o investimento nos data centers está relacionado com isso mesmo. “Agora a oportunidade é levar os cabos submarinos de Portugal para outras localizações”, diz Carlos Jesus aos jornalistas.

A ligação destes dois últimos data centers, nas localidades vizinhas de Linda-a-Velha e Carnaxide, foi mesmo antecipada por causa dos investimento de outras empresas.

Compra da Lumen pela Colt cria operador gigante

O responsável explica que a compra da Lumen EMEA em novembro de 2023 permitiu que o grupo Colt se posicionasse como líder no mercado de comunicações B2B, isto num mercado que está em crescente evolução e com perspetivas de valer mais de mil milhões de dólares até 2027.

Carlos Jesus explica que as aquisições não podem ser vistas como distrações no que toca aos investimentos e mesmo do crescimento das empresas.

Questionado sobre o reforço de quadro planeado, o responsável explicou que não existiu e não deverá chegar. Atualmente, Portugal conta com 150 colaboradores, um número que sobe radicalmente quando consideradas todas as localizações onde está agora. Com a compra da Lumen, a Colt juntou 11 países às suas localizações.

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